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O mundo patronal em foco: empregadoras(es), sindicatos e perspectivas patronais no trabalho doméstico remunerado

Texto completo
Autor(es):
Júlia Vargas Batista
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Data de defesa:
Membros da banca:
Susana Durão; José Dari Krein; Thays Almeida Monticelli
Orientador: Susana Durão
Resumo

Esta pesquisa se orienta a investigar o universo patronal no trabalho doméstico remunerado no Brasil. Este é um campo atravessado por uma série de históricas e estruturais desigualdades de classe, raça e gênero, onde as ambíguas relações entre empregadoras e trabalhadoras domésticas constituem lugares de formação e distinção de classe (Goldstein, 2009). Nesse sentido, o foco de pesquisa no universo dos e, sobretudo, das empregadoras domésticas é fundamental para uma compreensão mais ampla dessas relações. Movida também pela necessidade de olhar para "os de cima" (Nader, 2020), para a branquitude e classes médias brasileiras, e considerando a importância histórica, social e econômica do serviço doméstico no Brasil, direciono meu olhar para o mundo patronal tendo como principal fio condutor um mapeamento e análise da atuação dos sindicatos patronais no trabalho doméstico no Brasil. Assim, esta pesquisa se propõe a analisar qualitativamente dimensões subjetivas da perspectiva de empregadoras domésticas sobre temas como a legislação trabalhista, as relações com as trabalhadoras, os critérios para contratação, bem como suas estratégias de organização e representação coletiva. Nesse sentido, a pesquisa foi realizada a partir de uma incursão etnográfica composta por múltiplas fontes e abordagens, como o levantamento das entidades sindicais de empregadores domésticos no Brasil desde 1989, análise de conteúdos e publicações em redes sociais, pesquisa em acervo de periódicos de circulação nacional e estadual, e entrevistas semiestruturadas com empregadoras domésticas individualmente, inclusive uma dirigente e duas associadas de um dos sindicatos. Buscarei refletir sobre os discursos das empregadoras bem como sobre a trajetória e a atuação dos sindicatos de empregadores domésticos no Brasil, pensando suas contradições, estratégias e posicionamentos ao longo dos anos, que evidenciam a ambiguidade e a hibridez como marcas fundamentais das relações de trabalho doméstico remunerado. Foi possível, assim, observar como esses agentes se posicionam historicamente acerca do TDR e das trabalhadoras domésticas, quais as demandas e expectativas apresentadas pelas empregadoras, e como enxergam a legislação trabalhista atual (AU)

Processo FAPESP: 21/03417-6 - O mundo patronal em foco: classe, raça e gênero no trabalho doméstico
Beneficiário:Júlia Vargas Batista
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado