Andréa Dessen é pesquisadora no Insituto de Biologia Estrutural (IBS) em Grenoble, França, e também no Laboratório Nacional de Biociências (LNBio) de Campinas. É professora do Instituto de Biologia da Unicamp (pós-graduação em Genética e Biologia Molecular). Formada em engenharia química (1987), fez doutorado na universidade de Nova York (1987-1993), um primeiro pós-doutorado no Albert Einstein College of Medicine de Nova York (1993-1995) e um segundo na Harvard Medical School em Boston (1995-1997). Seus interesses de pesquisa são os mecanismos de infecção bacteriana, incluindo sistemas de secreção de toxinas, fatores de virulência, e o processo de formação da parede bacteriana. (Fonte: Currículo Lattes)
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A resistência aos antibióticos é um problema imperativo global, e o 'vácuo' no desenvolvimento deste tipo de medicamento dos últimos anos permitiu que os principais patógenos humanos se tornassem resistentes à todos antibióticos, incluindo àqueles de 'ultimo recurso'. Esta realidade exige um esforço multidisciplinar na direção da exploração de novas idéias que possam levar ao desenvolvime…
A parede bacteriana é uma estrutura tri-dimensional complexa que protege a célula de diferenças de pressão osmótica, garante a sua forma e exerce um papel importante no processo de divisão celular. Além disso, é essencial para a ancoragem de fatores de virulência e sistemas de secreção de toxinas, ambos importantes não só para o processo infeccioso, mas também para a sobrevivência do micr…
Desde a descoberta acidental da penicilina por Fleming, diversos outros compostos com atividade antibiótica foram utilizados e revolucionaram a Medicina quanto ao tratamento de doenças infecciosas. Apesar do grande avanço no desenvolvimento desses fármacos, um fator inesperado vem crescendo rapidamente: a resistência dos microrganismos patógenos aos antibióticos. Uma vez que os patógenos …
O Peptidoglicano (PG) é um dos principais componentes da parede celular bacteriana, sendo responsável por manter a forma e a integridade da célula. Como componente essencial para a sobrevivência bacteriana e encontrada apenas em organismos procarióticos, a biossíntese do PG tem sido amplamente explorada para o desenvolvimento de antibióticos, mesmo diante da crise global causada pelo aume…
A parede celular bacteriana define a morfologia e protege as bactérias do estresse externo. A biossíntese do seu principal componente, o peptideoglicano, ocorre via um processo dinâmico e complexo que envolve interações proteína-proteína entre as PBPs (do inglês, Penicillin Binding Proteins) e membros do elongassoma. Em virtude do surgimento de bactérias patógenas resistentes a antibiótic…
A maior parte das bactérias depende da secreção de proteínas para se adaptar e sobreviver no ambiente. Isso não é diferente para patógenos, que secretam fatores de virulência para colonizar e estabelecer infecções em seus hospedeiros. O patógeno Gram-negativo Acinetobacter baumannii é um exemplo disso, usando seu Sistema de Secreção do Tipo II (T2SS) para secretar enzimas que ajudam na aq…
Os antibióticos têm sido usados para tratar doenças infecciosas há décadas e, sem dúvida, são as drogas mais bem-sucedidas desenvolvidas na história. No entanto, o amplo uso e o uso indevido desses medicamentos selecionaram organismos multirresistentes, permitindo que as bactérias se proliferassem mesmo em sua presença. Além disso, muitos elementos de resistência estão se disseminando fac…
A parede celular é uma estrutura essencial para a sobrevivência bacteriana, sendo responsável por várias funções celulares vitais, tais como a divisão e o alongamento celular, assim como a adesão a superfícies e a secreção de fatores de virulência. Seu principal constituinte é o peptideoglicano, um polímero formado por cadeias de glicanos polimerizadas e ligadas entre si por cadeias de am…
CV Lattes
ORCID