Doutora em Geografia pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP) em Presidente Prudente (SP), na área de Geografia Agrária. Atualmente, desenvolve pesquisas de análise conjuntural da questão agrária latino-americana, correlatas aos processos de resistências por meio da agroecologia e seus territórios materiais e imateriais, saber tradicional agroecológico, luta das mulheres em agroecologia, luta dos movimentos socioterritoriais camponeses e indígenas pela permanência e/ou conquista/retomada de territórios, educação do campo, estrangeirização de terras, bem como pesquisas ligadas ao debate paradigmático na Geografia Agrária. Atua desde 2010 no "Núcleo de Estudos, Pesquisas e Projetos de Reforma Agrária" (NERA) e na "Rede Brasileira de Pesquisa das Lutas por Espaços e Territórios" (Rede DATALUTA), realizando estudos sobre a questão agrária no Brasil, Argentina e Uruguai e no fomento de dados quantitativos. No ano de 2021, passou a atuar na "Rede Temática de Extensão em Resíduos Sólidos, Soberania Alimentar e Sustentabilidade Socioambiental" (REALSSAM) da UNESP, realizando análises sobre a soberania alimentar e territorial em áreas urbanas e rurais no Pontal do Paranapanema (São Paulo). E, em 2023, entrou para o grupo de pesquisa "Ruralidades y Territorios" da Universidad Nacional de Santiago del Estero, na Argentina, realizando estudos sobre o campesinato argentino, saberes tradicionais, produção e comercialização agroecológica. No campo da extensão, tem realizado projetos que envolvem a leitura dos diferentes territórios rurais e urbanos, perpassando os elementos da política pública, agroecologia, educação do campo, turismo de base comunitária, resíduos sólidos urbanos, soberania alimentar, entre outros. (Fonte: Currículo Lattes)
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A análise da produção de alimentos perpassa necessariamente pela compreensão do papel desempenhado pelos Estados, Capital, organismos multilaterais e movimentos socioterritoriais, dado que a compreendem de diferentes formas - paradigmas, ligadas historicamente em regimes alimentares e ciclos de crises. Neste cenário, a agroecologia destaca-se nos interesses destes sujeitos e em seus jogos…
Os movimentos camponeses e indígenas articulam-se para garantir o acesso e permanência na terra, pressionando o Estado para a realização de políticas de desenvolvimento. Através de ocupações de terras e de manifestações produzem espaços e territórios, criando conflitualidades com as corporações nacionais e transnacionais. Recentemente, o processo de estrangeirização de terras foi intensif…
Para entendermos a produção e comercialização de alimentos agroecológicos necessitamos compreendê-los a partir das análises de diferentes elementos envoltos no debate paradigmático aliado às atuações do Estado, do Capital e dos movimentos socioterritoriais alimentares. Pois, a agroecologia se estabelece por meio da técnica, da ciência e dos saberes tradicionais se configurando como uma fo…
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