João Batista Rosolem

Todos os meus níveis de formação acadêmica: graduação em engenharia elétrica em 1986, mestrado em engenharia elétrica em 1990 e doutorado em engenharia elétrica em 2005, foram obtidos no Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL) da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC-USP). Estes níveis de formação acadêmica me ajudaram a contribuir para no avanço da Engenharia Elétrica no campo das tecnologias e aplicações de fibras ópticas. Durante a realização do mestrado em 1988 na USP tive a oportunidade de frequentar e realizar a parte experimental do trabalho no Centro de Pesquisas e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD), que pertencia à Telebrás naquela época. Nesta fase desenvolvi um sistema pioneiro no Brasil de transmissão e multiplexação bidirecional por fibras ópticas que foi instalado em muitas empresas de telecomunicações do até então Sistema Telebrás. Os estudos deste sistema, desenvolvido até 1992, foram as primeiras concepções no Brasil das técnicas de multiplexação por comprimento de onda (WDM). De 1993 a 1996, já como funcionário do CPQD, liderei o desenvolvimento e transferência de tecnologia de amplificadores óptica a fibra dopada com érbio (EDFA), tecnologia que o CPQD dominou em paralelo com outras instituições mundiais. De 1997 a 2005 participei do desenvolvimento de sistemas de transmissão óptica usando WDM denso (DWDM) concomitante com o uso de EDFA para sistemas metropolitanos e de longa distância. Todas estas tecnologias foram transferidas para empresas brasileiras, que hoje comercializam estes sistemas no Brasil e no exterior. Os resultados destas pesquisas foram também usados no tema do meu doutorado pela USP, cuja defesa ocorreu em 2005. Após este período e até o presente momento, coordeno pesquisas na área de tecnologias de fibras ópticas. Alinhado com os desafios e empenhado no atendimento das necessidades de vários setores da economia, desenvolvi e coordenei, sempre junto com a equipe do Laboratório de Sensoriamento e Monitoração Óptica (LSMO) do CPQD, projetos de inovação tecnológica de dispositivos e de sistemas de sensoriamento por meio de fibras ópticas. As características da fibra óptica conferem uma série de vantagens excepcionais aos sensores ópticos em relação aos sistemas que usam sensores convencionais, tais como, alto isolamento elétrico, baixo peso, flexibilidade, robustez em altas temperaturas, rede de sensores passiva, entre outras. No LSMO foram e estão sendo realizadas pesquisas e desenvolvimento de sistemas de sensoriamento óptico para aplicações em energia elétrica, óleo e gás, sistemas ferroviários, mineradoras, segurança, etc. Desde que iniciei minha carreira técnica, após minha formatura como engenheiro eletricista pela USP em 1986, já publiquei 53 artigos em periódicos especializados, 5 capítulos de livros e 194 trabalhos em anais de eventos. Sou autor e coautor de 53 pedidos de patente, sendo que 5 patentes já foram concedidas no exterior e 30 no Brasil. Embora o CPQD não seja uma instituição de ensino, já co-orientei 6 alunos de doutorado e 3 de mestrado na Unicamp, USP e no INPE. Recebi 24 prêmios e/ou homenagens. Entre 1988 e 2024 participei de 9 projetos de pesquisa e 50 projetos de desenvolvimento tecnológico, sendo que coordenei 24 destes projetos com fundos da ANEEL, FINEP, FAPESP. EMBRAPII e CNPq. Em 2005 obtive o MBA em Gestão Empresarial pela ESAMC. Fui professor titular de Engenharia Elétrica na Universidade Paulista de 2009 a 2011. De 2020 a 2021 coordenei o grupo de trabalho LPIT do CIGRE Brasil. Participo como membro do comitê técnico das conferências internacionais OFS, OWPT e IMOC. Sou bolsista DT-1D do CNPq e membro do Comitê de Assessoramento do CNPq para Capacitação Tecnológica e Inovação em bolsas DT, fui também entre 2017 a 2020, membro da Comissão de Avaliação dos Cursos de Engenharias IV da CAPES. Desde 2021 sou coordenador do Laboratório Integrador do Sisfóton-MCTI. Em 2021 fui escolhido como Embaixador do CPQD. (Fonte: Currículo Lattes)