Concluiu a graduação em Geologia na UFRN em 1995, doutorado em Geofísica na USP em 1999, Livre-Docência na USP em 2006 e atualmente é Professor Titular do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP, onde atuou como Vice-Diretor (2017-2021) e Diretor (2021-2025). Efetuou dois pós-doutorados, em Toulouse e Paris VII (França) em 2000 e 2004. Foi professor visitante da Universidade de Toulouse em 2001, 2007 e 2014 e da Universidade de Paris em 2008, 2011, 2018 e 2019. Desenvolve pesquisas em magnetismo de rochas, anisotropia magnética, paleomagnetismo e arqueomagnetismo, com o objetivo de compreender períodos críticos da história da Terra, como a transição Precambriano-Cambriano, crises ambientais do Fanerozóico e as variações recentes do campo magnético terrestre. Suas pesquisas tem sido financiadas por diferentes agências nacionais e internacionais (FAPESP, CNPq, CNRS francês e NSF) e pela Petrobrás. Foi membro dos Comitês Assessores de CNPq, CAPES e FAPESP. É secretário da International Association for Geomagnetism and Aeoronomy (IAGA) e voting member da International Stratigraphic Commission for the Cryogenian da IUGS. É membro Titular da Academia Brasileira de Ciências e da The World Academy of Sciences (TWAS). (Fonte: Currículo Lattes)
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O Neoproterozoico (720 a 539 Ma) foi marcado por transformações profundas em todos os envelopes terrestres, testemunhando o surgimento e a diversificação da vida metazoária, culminando com o desenvolvimento dos principais filos animais, no Cambriano. O período Criogeniano (720-635 Ma) apresentou épocas glaciais extremas e o ressurgimento de formações ferríferas bandadas, sinalizando anoxi…
Projetos de perfuração científica são um elemento fundamental das Ciências da Terra na atualidade, pois permitem coletar amostras e monitorar processos que não podem ser acessados de outra forma. Cada projeto de perfuração científica é planejado para atingir alvos específicos de grande relevância científica e gera centenas de metros de amostras cilíndricas de rochas ou sedimentos (testemu…
A transição Ediacarano-Cambriano documenta uma fase crítica na diversificação dos animais. O registro fóssil global documenta o aparecimento de cloudinomorfos e outros organismos tubulares com conchas, seguido por pequenos fósseis carbonáceos não biomineralizados e pelos altamente diversificados pequenos fósseis com conchas entre ~ 550 e 530 milhões de anos atrás. Aqui, relatamos diversos…
Esta Reserva Técnica Institucional, no valor de R$ 1.306.944,81, corresponde à parcela do IAG de diversos projetos coordenados por docentes do Instituto. Neste ano, seu uso foi priorizado para os Laboratórios de pesquisa, incluindo o Laboratório de Óptica Adaptativa e o Observatório Meteorológico, a cargo do IAG/USP, e os observatórios dos Departamentos de Astronomia, Ciências Atmosféric…
Este projeto tem como objetivo estudar a partir de técnicas de nano-imageamento materias Precambrianos de origem orgânica (microbialitos e microfósseis) para melhor compreender que tipo de bioassinatura fornece informação elementar (concentração e distribuição de elementos) com significado biológico. Estes dados serão correlacionados às condições geoquímicas de deposição usando análises c…
Estudos paleomagnéticos de meteoritos sugerem que, na fase de disco protoplanetário, o Sistema So- lar era habitado por vigorosos campos magnéticos. Esses campos foram essenciais para a evolução do Sistema, redistribuindo o momento angular do disco e contribuindo para a acreção de matéria em direção ao proto-Sol. Modelos computacionais e observações astronômicas de sistemas protoplanetá- …
O período Ediacarano (~ 635 a 538 Ma) marca o início da diversificação de animais com comportamentos ecológicos complexos, tornando as condições oceanográficas e atmosféricas desse período cruciais para o desenvolvimento destas formas de vida. As principais reconstruções paleoceanográficas têm como base os registros isotópicos, sendo a semelhança dos sinais responsável pela proposta de cu…
Um dos principais objetivos da nossa proposta é fornecer um conjunto completo de informações digitalizadas sobre o material arquivado. Para isso incluímos dois equipamentos de digitalização na presente proposta. Esses equipamentos são: (1) um scanner de testemunhos de sondagem (https://www.dmt-group.com/products/geo-measuring-systems/drill-core-scanner-dmt-corescan/dmt-corescan-3.html) e …
A similaridade geométrica das margens leste da América do Sul e oeste da África é um dos pilares da teoria da deriva continental e sua ligação com o paradigma da tectônica de placas. Ao longo dos últimos 60 anos, diversos modelos de reconstrução paleogeográfica foram propostos almejando aprimorar o encaixe entre estes continentes. A proposição de sub-blocos litosféricos responsáveis pela …
O campo magnético terrestre apresenta variações rápidas, tanto em sua direção (declinação e inclinação), quanto em sua intensidade. Estas variações são registradas atualmente em observatórios espalhados pelo globo e também por satélites. Para períodos anteriores aos dois últimos séculos, a investigação do campo magnético é feita de forma indireta, a partir de seu registro em materiais arq…
O início da tectônica moderna, envolvendo processos de subducção e formação de montanhas, é um evento chave que desencadeia, por exemplo, o surgimento de grandes massas continentais e uma atmosfera rica em oxigênio, preparando o cenário para a origem da vida complexa no nosso planeta. Entretanto, quando e como o regime de tectônica de placas moderna começou ainda é um mistério, devido em …
O campo magnético da Terra varia rapidamente em sua direção (declinação e inclinação) e intensidade. Atualmente, observatórios globais e satélites registram essas variações. Para períodos anteriores aos dois últimos séculos, o estudo de dados de intensidade e direção do campo magnético é realizado indiretamente por meio de registros em materiais arqueológicos, sedimentos e rochas vulcânic…
O paleomagnetismo desempenha um papel crucial nas reconstruções paleogeográficas, proporcionando valiosas informações sobre a evolução do campo magnético da Terra. Os métodos paleomagnéticos tradicionais envolvem a análise de amostras de rochas em massa. No entanto, avanços tecnológicos recentes agora permitem a exploração das propriedades magnéticas em escalas micro e nanométricas, ofere…
O campo magnético da Terra varia rapidamente em sua direção (declinação e inclinação) e intensidade. Atualmente, observatórios globais e satélites registram essas variações. Para períodos anteriores aos dois últimos séculos, o estudo de dados de intensidade e direção do campo magnético é realizado indiretamente por meio de registros em materiais arqueológicos, sedimentos e rochas vulcânic…
O Neoproterozóico é um dos períodos mais críticos da História da Terra, onde ocorreram grandes saltos evolutivos na biosfera, variações acentuadas no clima e na química dos oceanos e uma reorganização generalizada no posicionamento das massas continentais. Geralmente associam-se esses processos a mecanismos de feedback entre os Sistemas da Terra (biosfera, clima e tectônica), porém, muita…
Embora estudados sob diferentes perspectivas, os fenômenos responsáveis pelo crescimento de partículas magnéticas e aquisição de magnetização remanente química (CRM) não são totalmente compreendidos. Os carbonatos remagnetizados possuem propriedades magnéticas únicas e testes de domínio contraditórios que ainda são um problema científico não resolvido. Parte do problema reside no fato de …
Publicado em 23 de maio de 2015 - SP Pesquisa - Grandes Extinções - 2º Bloco. A vida existe na Terra há cerca de 4 bilhões de anos. Mas, de tempos em tempos, um grande cataclismo acontece e quase todas as espécies são extintas. Os cientistas conhecem seis grandes episódios desse tipo no passado terrestre, e o mais agressivo deles - ocorrido 250 milhões de anos atrás - pode ter começado na região de Araguainha, em Mato Grosso. A descoberta, que ainda precisa de mais evidências científicas para ser ratificada, foi feita por um grupo internacional de pesquisadores, com marcante participação brasileira (financiada pela FAPESP). A equipe do SP Pesquisa conversou com os pesquisadores envolvidos na pesquisa. Também é tema do programa a mais recente grande perda de espécies acontecida no continente americano: a da megafauna terrestre. Criaturas como tigres dente-de-sabre, mamutes, preguiças-gigantes e tatus-gigantes existiam até bem pouco tempo atrás, mas sumiram de 15 mil anos para cá. O que aconteceu? Especula-se que o homem, recém-chegado ao continente americano, pode ter tido um papel nisso. O SP Pesquisa acompanha a investigação nas tocas de algumas dessas criaturas gigantes.
CV Lattes
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