Efeitos do exercício físico em um modelo animal de síndrome das pernas inquietas e de movimentos periódicos das pernas

Resumo

A Síndrome das Pernas Inquietas (SPI) e o Movimento Periódico das Pernas (MPP) são distúrbios do sono que apresentam uma estreita relação. É provável que a SPI-MPP ocorra devido a uma complexa interação de fatores centrais e periféricos. De Mello e colaboradores avaliaram que, nos atletas com lesão medular, o exercício físico agudo e o crônico reduziram significativamente o MPP durante o sono. Uma hipótese para o sucedido seria a maior liberação das endorfinas durante a prática do exercício físico. Em 2007, Esteves demonstrou os efeitos positivos do exercício físico em pacientes sem lesão medular que apresentavam SPI/MPP e a relação do sistema opioidérgico com a redução do MPP, corroborando com as especulações de De Mello et al. Assim, como esses distúrbios do sono apresentam características multifatoriais para sua origem e esta não estão totalmente elucidada, alguns pesquisadores vêm realizando estudos com o intuito de obter um modelo animal da SPI-MPP. Até o presente momento, todos os estudos estavam direcionados em encontrar um modelo animal da SPI-MPP (sendo o modelo com lesão de 6-OHDA o mais enfatizado), no entanto é de suma importância direcionar essas pesquisas para formas de terapias para a melhora dos sintomas da SPI-MPP. Grandes evidências indicam que o exercício físico regular produz uma variedade de benefícios fisiológicos. Entretanto não se sabe ao certo como esse papel de neuroproteção demonstrado pelo exercício físico, juntamente com a liberação de neurotransmissores ocorrida após a sua prática (como demonstrado por Esteves, 2007) estaria envolvidos na redução dos sintomas da SPI-MPP. Assim, o objetivo do estudo é avaliar os efeitos do exercício físico aeróbio em um modelo animal que apresenta SPI-MPP com lesão de 6-OHDA. Para isso, será realizada nos animais a implantação de eletredos (avaliação do sono) e cânula (lesão com 6-OHDA). Os animais serão distribuídos em 5 grupos experimentais. 1: validação do protocolo no laboratório; 2: programa de exercício físico aeróbio (EFA) e lesão 6-OHDA; 3: lesão 6-OHDA e tratamento com agonista dopaminérgico (ADI); 4: Comparação dos tratamentos (FFA e AD); 5: Análise da dopamina e receptores, e beta endorfina e receptores. (AU)