Impacto do estresse fisco e psicogenico sobre a ingesta alimentar, ganho de peso e aparência geral da pele: modulação nutrigenômica, proteômica e metabolômica por extratos de plantas e alimentos funcionais

Resumo

O estresse crônico representa uma constante ameaça a homeostasia do organismo, podendo causar uma grande variedade de doenças e síndromes que afetam inúmeras dermatoses na pele e um desequilíbrio metabólico decorrente de uma combinação de vários fatores, entre eles a obesidade, resistência à insulina, dislipidemia e hipertensão. A incidência de problemas dermatológicos e da obesidade vem tomando proporções epidêmicas na sociedade moderna e o uso de alimentos funcionais com apelo de promoção da saúde tem crescido consideravelmente como produtos preventivo de doenças crônicas. No entanto, há uma completa ausência de estudos acerca dos efeitos de alimentos funcionais obtidos a partir de espécies nativas da flora brasileira sobre a homeostasia da pele, obesidade e metabolismo energético que possam permitir o desenvolvimento de novos produtos de valor comercial para o controle e a prevenção destes problemas. Desta forma, o objetivo deste projeto é avaliar os efeitos de uma série de extratos de plantas e alimentos funcionais na melhora do bem estar, diminuição do estresse, diminuição do peso, controle da ingestão alimentar e melhora das propriedades biológicas e biomecânicas da pele ligadas ao mecanismo do estresse e envelhecimento, através de estudos nutrigenômicos, proteômicos e metabolômicos e sua correlação entre a ingestão destas substâncias e seus mecanismos de ação. Para isso, nosso projeto propõe o estudo de quatro produtos da flora brasileira em animais normais (C57BL/6) e obesos (C57BL/6J lepob - knock out para leptina) tendo em vista avaliar seus efeitos sobre o comportamento em relação ao aumento ou redução da ingestão, ao peso corpóreo, à agitabilidade, e aparência do pelo (brilho); na resposta neuro-imuno-endócrina envolvida na regulação do peso corpóreo e do balanço energético quantificando no soro os níveis dos mediadores: orexina A e B, leptina, NPY, alfa-MSH, CGRP, beta-endorfina, encefalina, IL-1 alfa, IL-6, TNF-alfa, adiponectina, resistina, proteína C reativa, cortisol, ácidos graxos livres, glicerol, insulina, LDL, HDL e VLDL colesterol no soro dos animais e; na expressão gênica de SREBP, ChREBP, AQP-7, PPAR-gama e dos receptores para orexina (OX) OX1-R e OX2-R no tecido adiposo dos animais. (AU)