Análise de processos e avaliação de impactos de iniciativas de circularidade: um estudo da indústria brasileira do plástico à luz dos estágios de retenção de valor

Resumo

O plástico é um material transversal presente em mais de 95% da matriz industrial e é considerado um indutor da inovação. No entanto, gera vários impactos ambientais ao longo de sua cadeia produtiva e de consumo. Há um esforço mundial em promover uma economia circular para plásticos. A circularidade é a capacidade de usar o plástico de forma mais eficiente, mantendo-o em uso pelo maior tempo possível, obtendo o máximo possível dele durante seu uso e depois recuperando-os para fazer novos produtos. Isso dá a um produto uma vida circular, reduzindo a probabilidade de se tornar um resíduo e, assim, mitigando seus impactos socioambientais. A responsabilidade social corporativa não deve estar apenas limitada à regulamentações e leis considerando condições de trabalho e proteção ambiental, mas é necessário também estar relacionadas às práticas ambientais e sociais. Uma das formas de mitigar o descarte incorreto dos resíduos plásticos é a aplicação dos 9Rs sendo: repensar (redesenho), reduzir, reutilização, remanufatura, reforma, reparo, recuperação, reciclagem e recirculação (repropor). O objetivo desta proposta segue nesta direção ao aplicar um framework de avaliação de circularidade do plástico por meio da análise de empresas focais da cadeia e suas iniciativas de 9Rs. Neste sentido, o trabalho busca contribuir ao debate através da apresentação de lições que podem ser aprendidas a partir dessas experiências. Baseadas nessas lições, serão propostas implicações gerenciais e de políticas públicas de sustentabilidade considerando o pilar não só econômico e ambiental, mas sobretudo o pilar social que ainda é pouco explorado. Para isso, o projeto está estruturado em dois eixos de análises complementares. Em primeiro lugar, será realizada uma revisão de literatura, dada a existência de diversos estudos que buscaram avaliar a circularidade desse material. O segundo eixo está ligado à avaliação empírica das experiências das empresas. (AU)