Os caminhos da riqueza dos paulistanos na primeira metade do oitocentos
- Auxílios pontuais (curta duração)
Autor(es): |
Araújo, Maria Lucília Viveiros
Número total de Autores: 1
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Tipo de documento: | Tese de Doutorado |
Imprenta: | São Paulo. [2003]. 270 f., gráficos, ilustrações, mapas, tabelas. |
Instituição: | Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas |
Data de defesa: | 13 ago. 2003 |
Membros da banca: |
Nozoe, Nelson H;
Bacellar, Carlos A. P;
Lourenço, Maria Cecília França;
Glezer, Raquel;
Marcondes, Renato L
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Orientador: | Nozoe, Nelson H |
Área do conhecimento: | Ciências Humanas - História |
Indexada em: | Banco de Dados Bibliográficos da USP-DEDALUS |
Localização: | Universidade de São Paulo. Biblioteca Central da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas; FFLCH/T ARAUJO, M.L.V. 2003 |
Resumo | |
Esta tese tem por objetivo identificar os caminhos, o grau de acumulação e a composição da riqueza dos moradores da região central da capital de São Paulo na primeira metade do século XIX. Para tanto, utilizou-se principalmente das informações colhidas em inventários post-mortem e dos dados extraídos de antigos recenseamentos da capital. Em uma amostra de 165 inventários, testaram-se vários procedimentos para averiguar o grau de acumulação do paulistano nessa época: identificou-se a evolução do valor médio dos montes brutos, comparou-se o crescimento dos montes brutos e das partilhas dos inventários de pais e filhos, assim como o crescimento dos montes brutos dos inventários de casais e o percentual de crescimento dos escravos domésticos desses moradores. Este procedimento revelou que a riqueza aumentou no lapso temporal considerado. O teste das possibilidades de dispersão da riqueza dos inventários pelo endividamento local, pelo endividamento com outras praças comerciais ou pelas disposições dos falecidos nos testamentos evidenciou que era pequeno o comprometimento da riqueza por esses fatores. O exame das opções de investimentos mostrou que os mais ricos aplicavam seus recursos principalmente em engenhos de cana-de-açúcar no interior, enquanto os medianamente ricos aplicavam nos negócios a crédito. As camadas médias preferiam as propriedades locais, ou seja, parte da riqueza girava o comércio citadino, e outra parte era investida na expansão das novas áreas agrícolas. Verificou-se que esses investimentos acabavam movimentando o conjunto da economia, pois não foram encontrados indícios de decadência da cidade como afirmaram alguns historiadores que escreveram sobre a urbe. (AU) | |
Processo FAPESP: | 99/05453-4 - A vida urbana da capital paulista no Oitocentos |
Beneficiário: | Maria Lucília Viveiros Araújo |
Linha de fomento: | Bolsas no Brasil - Doutorado |