Busca avançada
Ano de início
Entree
(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Efeitos da deficiência de ferro latente intrauterino na maturação neural auditiva em recém-nascidos a termo

Texto completo
Autor(es):
Leticia Valerio Pallone [1] ; Felipe Alves de Jesus [2] ; Gleice Aline Gonçalves [3] ; Laura Carvalho Navarra [4] ; Débora Gusmão Melo [5] ; Rodrigo Alves Ferreira [6] ; Carla Maria Ramos Germano [7]
Número total de Autores: 7
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Universidade Federal de São Carlos. Departamento de Medicina - Brasil
[2] Universidade Federal de São Carlos. Departamento de Medicina - Brasil
[3] Universidade Federal de São Carlos. Departamento de Medicina - Brasil
[4] Universidade Federal de São Carlos. Departamento de Medicina - Brasil
[5] Universidade Federal de São Carlos. Departamento de Medicina - Brasil
[6] Universidade Federal de São Carlos. Departamento de Medicina - Brasil
[7] Universidade Federal de São Carlos. Departamento de Medicina - Brasil
Número total de Afiliações: 7
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Jornal de Pediatria; v. 96, n. 2, p. 202-209, 2020-05-11.
Resumo

Resumo Objetivo Este estudo analisou a relação entre deficiência de ferro latente avaliada pela ferritina e a mielinização do sistema nervoso central avaliada pelo teste de Potenciais Evocados Auditivos de Tronco Encefálico. Método Foram incluídos no estudo 109 recém-nascidos a termo, nascidos sem anemia e fator de risco para deficiência auditiva. Após o parto, o sangue do cordão umbilical foi coletado para determinar os níveis de ferritina e hematócrito. O teste de Potenciais Evocados Auditivos de Tronco Encefálico foi realizado nos primeiros 28 dias de vida. A análise foi realizada entre o grupo controle (n = 71) com ferritina acima de 75 ng/mL e o grupo com deficiência de ferro latente (n = 38) com ferritina entre 11 e 75 ng/mL. Os resultados foram apresentados como média ± desvio-padrão. A análise estatística foi realizada utilizando o software GraphPad prism7 e SPSS com nível de significância de 5%. Resultados Latências significativamente maiores da onda V (p = 0,02) e dos intervalos interpicos I-III (p = 0,014), I-V (p = 0,0003) e III-V (p = 0,0002) foram encontradas no grupo de deficiência de ferro latente, assim como uma correlação significativa inversamente proporcional entre a ferritina e a mesma onda e intervalos (p = 0,003, p = 0,0013, p = 0,0002, p = 0,009, respectivamente). A análise de correlação múltipla mostrou uma correlação significativa da deficiência de ferro latente com todos os intervalos interpicos, mesmo se levarmos em consideração a idade gestacional do recém-nascido. Conclusão A anemia ferropriva é uma patologia prevalente e este estudo demonstrou maturação auditiva tardia associada à deficiência intrauterina de ferro, mesmo em sua forma latente. Isso reforça a importância da adoção de medidas efetivas, em escala global, para prevenir e tratar essa patologia em diferentes períodos da vida, principalmente na população mais vulnerável. (AU)

Processo FAPESP: 15/15471-4 - Deficiência Latente de Ferro intra-útero e sua associação com anormalidades no BERA, em Recém-Nascidos com mais de 35 Semanas Gestacionais.
Beneficiário:Carla Maria Ramos Germano
Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular