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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Depressão materna e saúde mental infantil aos cinco anos de idade: Estudo de coorte MINA-Brasil

Texto completo
Autor(es):
Alicia Matijasevich [1] ; Alexandre Faisal-Cury [2] ; Isabel Giacomini [3] ; Julia de Souza Rodrigues [4] ; Marcia C. Castro [5] ; Marly A. Cardoso [6]
Número total de Autores: 6
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Departamento de Medicina Preventiva - Brasil
[2] Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Departamento de Medicina Preventiva - Brasil
[3] Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública. Programa de Pós-Graduação em Nutrição em Saúde Pública - Brasil
[4] Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva - Brasil
[5] Harvard T.H. Chan School of Public Health. Department of Global Health and Population
[6] Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública. Departamento de Nutrição - Brasil
Número total de Afiliações: 6
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Revista de Saúde Pública; v. 57, 2024-02-26.
Resumo

RESUMO OBJETIVO: Identificar padrões longitudinais de depressão materna entre três meses e cinco anos após o nascimento de seus filhos, analisar variáveis preditoras dessas trajetórias e avaliar se trajetórias distintas de depressão predizem problemas de saúde mental infantil aos cinco anos de idade. MÉTODOS: Utilizou-se dados do estudo sobre saúde e nutrição materno infantil no Acre (MINA-Brasil), uma coorte de nascimentos de base populacional na Amazônia ocidental brasileira. Os sintomas depressivos maternos foram avaliados pela Escala de Depressão Pós-parto de Edimburgo (EPDS) aos 3 e 6–8 meses e 1 e 2 anos após o parto. Problemas de saúde mental em crianças com cinco anos de idade foram avaliados pelo Questionário de Capacidades e Dificuldades (SDQ– Strengths and Difficulties Questionnaire), respondido pelos pais. As trajetórias de depressão materna foram calculadas usando uma abordagem de modelagem baseada em grupos. RESULTADOS: Foram identificadas quatro trajetórias de sintomas depressivos maternos: "baixa" (67,1%), "crescente" (11,5%), "decrescente" (17,4%) e "alta-crônica" (4,0%). As mulheres na trajetória "alta/crônica" eram mais pobres, menos escolarizadas, mais velhas e multíparas e relataram tabagismo com maior frequência e menor número de consultas de pré-natal durante a gestação do que as demais. Nas análises ajustadas, a razão de chances de qualquer transtorno do SDQ foi 3,23 (IC95%:2,00–5,22) e 2,87 (IC95%: 1,09–7,57) vezes maior entre os filhos de mães nos grupos de trajetória "crescente" e "alta-crônica", respectivamente, do que de mães do grupo de sintomas depressivos "baixos". As características maternas e infantis incluídas nas análises multivariadas foram incapazes de explicar essas diferenças. CONCLUSÕES: Identificou-se piores desfechos de saúde mental para filhos de mães atribuídas às trajetórias "crônica/grave" e "crescente" de sintomas depressivos. Iniciativas de prevenção e tratamento para evitar os efeitos adversos a curto, médio e longo prazo da depressão materna sobre o desenvolvimento de seus filhos devem se concentrar principalmente nas mulheres nesses grupos. (AU)

Processo FAPESP: 21/01688-2 - Trajetórias do perímetro cefálico na primeira infância em Cruzeiro do Sul, Acre: fatores associados e relação com desenvolvimento infantil
Beneficiário:Isabel Giacomini Marques
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado Direto
Processo FAPESP: 22/03400-9 - Trajetórias do perímetro cefálico na primeira infância em Cruzeiro do Sul, Acre: fatores associados e relação com desenvolvimento infantil
Beneficiário:Isabel Giacomini Marques
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado Direto
Processo FAPESP: 20/13425-3 - Fatores de risco e proteção para o desenvolvimento das funções executivas na adolescência: coorte de nascimento de Pelotas 2004
Beneficiário:Julia de Souza Rodrigues
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado Direto
Processo FAPESP: 16/00270-6 - Estudo MINA - Materno-Infantil no Acre: coorte de nascimentos da Amazônia Ocidental Brasileira
Beneficiário:Marly Augusto Cardoso
Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Temático