Estudos sobre síntese, propriedades estruturais e espectroscópicas de oxossais de terras raras para aplicações como luminóforos de ultravioleta de vácuo

Resumo

Há mais de um século, as propriedades e os métodos de obtenção de materiais luminescentes (luminóforos) são assuntos amplamente explorados na Química Inorgânica e na Ciência de Materiais. Ainda hoje, devido à sua grande importância acadêmica, tecnológica e econômica, tais estudos recebem uma atenção ímpar por parte dos pesquisadores das mais diversas áreas do conhecimento. Certamente, o grupo de elementos mais importante no que tange ao estudo dos luminóforos compreende as chamadas Terras Raras (TR), elementos com número atômico entre 57 (lantânio) e 71 (lutécio), além de escândio (Z=21) e ítrio (Z=39). Por apresentarem propriedades espectroscópicas únicas, sobretudo no estado de oxidação 3+, tais elementos podem formar compostos luminescentes com diversas aplicações. Nesse sentido, alguns oxossais de Terras Raras, tais como fosfatos (TRPO4), boratos (TRBO3), fosfovanadatos (TR(P,V)O4) e fosfoniobatos (TR(P,Nb)O4), são frequentemente estudados como matrizes para íons lantanídeos e, devido a várias de suas propriedades físico-químicas, são tidos como potenciais luminóforos para dispositivos luminescentes de nova geração (que utilizam excitação na região do ultravioleta de vácuo - UVV -, abaixo de 200 nm). Dessa forma, esse trabalho visa ao desenvolvimento de rotas alternativas para a síntese de oxossais de Terras Raras de composições diversas e à avaliação de suas aplicabilidades como luminóforos vermelhos, verdes ou azuis em sistemas de UVV. Empregando-se métodos em fase líquida (que permitem o desenvolvimento de abordagens bottom-up para a síntese de nanomateriais), buscar-se-á o controle das propriedades morfológicas, estruturais e composicionais dos compostos, observando-se a influência de tais fatores em suas propriedades luminescentes. (AU)