Epidemiologia, quantificação de danos e manejo integrado de doenças quiescentes de goiabas

Resumo

Um dos grandes problemas na comercialização de goiabas é a incidência de doenças pós-colheita, que coincide com o amadurecimento dos frutos. As principais doenças pós-colheita que acometem a goiabeira são antracnose (Colletotrichum gloeosporioides e C. acutatum) e pinta preta (Guignardia psidii). C. gloeosporioides e C. acutatum têm requerimentos semelhantes de temperatura e período de molhamento para a infecção de goiabas. Observou-se uma ampla faixa dessas variáveis na ocorrência da doença, o que dificulta a elaboração de sistemas de previsão como alternativa para seu controle. Para G. psidii, não existem dados sobre requerimentos ambientais para a infecção, bem como não existem trabalhos sobre a epidemiologia em campo para ambas as doenças, nem para o seu controle. O presente projeto tem por objetivos: 1) determinar as variáveis ambientais requeridas para a infecção e a colonização de G. psidii em experimentos com frutos destacados; 2) caracterizar a dinâmica temporal e a distribuição espacial de epidemias dessas podridões em um produtor de goiaba branca 'Kumagai' e um de goiaba vermelha 'Pedro Sato'; 3) quantificar suas incidências nos mercados atacadistas de Campinas e São Paulo-SP; 4) verificar a eficiência de atmosfera controlada utilizando altas doses de O2 combinadas com diferentes doses de CO2 ou N2O no controle in vitro e in vivo das doenças pós-colheita e 5) eficiência de fungicidas no controle in vitro e no campo das doenças pós-colheita citadas. Para alcançar esses objetivos, serão conduzidos experimentos em condições controladas na ESALQ/USP e na APTA Bauru e em uma propriedade comercial de produção de goiaba branca em Campinas e vermelha em Itajú-SP, além de levantamentos periódicos nos mercados atacadistas. (AU)