Etiologia e prevenção de retenção de placenta em vacas leiteiras

Resumo

São muitos os desafios enfrentados por veterinários e produtores para se produzir leite de forma eficiente. Dentre estes, pode-se citar a redução na fertilidade que vem ocorrendo com o aumento na produção de leite e consequentemente maior consumo de matéria seca ao longo dos anos. Além disso, as alterações metabólicas e hormonais sofridas pelas vacas durante o período de transição são causadoras de grandes distúrbios durante esta fase. No período pré-parto, ocorre uma queda no consumo de matéria seca, maior mobilização de reservas corporais e redução no status imunológico das vacas, que acarretam em maiores incidências de desordens tais como hipocalcemia, cetose, deslocamento de abomaso, retenção de placenta e infecções uterinas após o parto. Dentre os distúrbios metabólicos, a retenção de placenta é considerada um dos grandes causadores da perda de eficiência produtiva e reprodutiva em sistemas de produção de leite. A incidência de retenção de placenta é bastante variada em função da propriedade, época do ano e outros fatores, variando de 8 a 30% e acarreta em grandes prejuízos ao produtor de leite. Alguns trabalhos têm sugerido que a aplicação de vitamina E em vacas de leite na fase pré-parto, tem reduzido a incidência da não expulsão dos anexos fetais, especialmente nas vacas com carência deste nutriente. O objetivo deste projeto é avaliar a eficácia da suplementação com vitamina E em vacas no período pré-parto sobre a incidência de retenção de placenta e seu impacto sobre o desempenho produtivo e reprodutivo de vacas produtoras de leite. Além disso, investigar-se-á fatores endócrinos e metabólicos peri-parto potencialmente associados à retenção de placenta. (AU)