Qual a importância em se integrar diversas métricas de diversidade para a compreensão da estrutura e funcionamento das comunidades de anfíbios em biomas brasileiros?

Resumo

Atualmente os anfíbios compõe o grupo de vertebrados mais ameaçados de extinção do planeta. O Brasil abriga uma das maiores diversidades de anfíbios do mundo, sendo que cerca de 15 espécies estão classificadas em categorias de ameaça e uma espécie está extinta. Dados históricos indicam que o declínio dos anfíbios teve início na década de 70, havendo uma piora no grau de ameaçada das espécies nos últimos 25 anos. As medidas tradicionais de diversidade (diversidade alfa, beta e gama) assumem que todas as espécies são equivalentes, não levando em consideração o alto valor de conservação que algumas espécies exibem nem sua importância na manutenção de processos ecossistêmicos na comunidade. Combinar abordagens que integrem a diversidade filogenética e funcional às medidas tradicionais de diversidade é capaz de possibilitar o entendimento da importância da composição de espécies em termos da história evolutiva e das similaridades ecológicas. Com base nisso, este projeto objetiva: i. verificar se os tradicionais hotspots brasileiros abrigam também uma maior diversidade filogenética e funcional de anfíbios anuros, ii. testar se existe congruência entre as diversidades mensuradas em cada bioma e nas regiões dentro de cada bioma e, iii. verificar quais são as prioridades para a conservação nas localidades dentro do Cerrado. É importante ressaltar que ao adotar uma visão integradora da biodiversidade podemos incorporar uma grande mudança para os planejamentos em conservação e revelar detalhes sobre os processos históricos, determinísticos e estocásticos que atuam simultaneamente na montagem das comunidades.