Suplementação de vitamina D e atividade de doenças reumatológicas: revisão sistemática e metanálise

Resumo

A associação da vitamina D com as afecções reumatológicas é descrita historicamente 1,2. Desde então, vários estudos passaram a averiguar a relação dos níveis séricos de vitamina D à presença e/ou atividade de doenças reumatológicas1, conhecidas e inéditas ações biomoleculares e celulares da vitamina D2,3 e as repercussões clínicas de sua suplementação em várias condições reumatológicas 4,5. Apesar da grande curiosidade científica acerca do possível papel terapêutico dessa droga, muitos estudos são apenas observacionais 6, e os poucos ensaios clínicos randomizados disponíveis nunca foram metanalisados, nem ao menos analisados sistematicamente. Este estudo, então, propõe-se a realizar uma revisão sistemática e, se possível, metanálise desses dados, seguindo a metodologia de revisão proposta pelo PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic reviews and Meta-Analyses)7,8. Serão exploradas 5 bases de dados (MEDLINE, EMBASE, LILACS, COCHRANE e CINAHL) em busca de trabalhos randomizados, duplo-cego ou não, que estudem o efeito da suplementação, de no mínimo 3 meses, da vitamina D ou análogos em doenças reumatológicas imunomediadas bem definidas nos critérios de busca e de exclusão. Posteriormente, serão coletados e analisados, para cada artigo, os desfechos clínicos e/ou laboratoriais relacionados a atividade de doença antes e após a suplementação com vitamina D através de escalas padronizadas. Esses dados serão, então, resumidos em uma ou mais tabelas para análise de vieses individuais e em conjunto e organização sistemática dos resultados com posteriores cálculos estatísticos, se os dados assim o permitirem, com o objetivo específico de identificar doenças em que a suplementação de vitamina D é uma estratégia terapêutica adequada.