Desenvolvimento de novos revestimentos de alta adesão e proteção contra corrosão para ligas de alumínio

Resumo

A proteção contra a corrosão de ligas de Al pelo anodização da superfície é crucial para o uso destas ligas em aplicações estruturais. Esta modificação deve assegurar aderência a primers e tintas, além de resistência à corrosão. Tratamentos que contêm cromo hexavalente (Cr VI) em sua composição foram empregados no passado com este objetivo. No entanto, estes tratamentos estão sendo banidos em muitas indústrias, uma vez que o Cr VI é tóxico, carcinogênico e prejudicial ao homem e ao meio ambiente. O prazo para eliminação deste tipo de tratamentos em todas as indústrias, incluindo a automotiva e aeroespacial, foi determinado como 2020. Por muito tempo tem havido grande interesse na busca por tratamentos alternativos aos tratamentos que utilizam Cr VI durante o processo. Entretanto, o desenvolvimento destes novos tratamentos enfrenta vários desafios, tais como eliminar a toxicidade e carcinogenicidade do processo, eliminar fungos/bactérias, promover aderência a revestimentos, tratar os rejeitos gerados e aumentar a resistência à corrosão do substrato. A anodização é um dos tratamentos mais frequentemente adotados para a proteção de ligas de alumínio. O processo de anodização envolve várias etapas e, geralmente, pelo menos uma delas envolve o uso de solução contendo Cr VI. Um ciclo de anodização que resolva a maioria dos problemas citados é de grande interesse e tem sido muito procurado por pesquisadores e profissionais do setor de tratamento de superfícies, tratamentos otimizados incluindo as etapas de pré-tratamento, anodização e pós-anodização, que resultem em revestimentos de alto desempenho em ligas de Al estruturais, eliminando o uso de compostos tóxicos. Uso de compostos não tóxicos e econômicos, bem como a combinação de etapas controladas (controle de temperatura, concentração da solução, agitação e tempo) devem ser empregados para este propósito. O objetivo é o desenvolvimento de alternativa econômica e não tóxica para substituir a anodização com ácido crômico e com melhor desempenho em comparação com as alternativas atuais para uso nas indústrias automotiva e aeroespacial e outros setores de engenharia. Os eletrólitos de anodização a serem escolhidos consistirão em mistura de eletrólitos, com componente para controle de fungo/bactéria e atenção especial deve ser dada a aditivos de extrato vegetal. (AU)