Papel da macrofauna do solo na regulação da dinâmica do carbono em sistemas agrícolas integrados

Resumo

Mitigar as emissões de gases do efeito estufa (GEE) e as mudanças climáticas tem sido um grande desafio global. A implementação dos Sistemas Integrados de Produção Agropecuária (SIPAs) no Brasil é uma das principais estratégias para o acúmulo de C no solo. Um dos principais pilares para entender os mecanismos pelos quais os SIPAs atuam no sequestro de C do solo e emissões de GEE é a compreensão das interações da biologia do solo neste sistema mais diversificado. A macrofauna do solo, principalmente minhocas, formigas e cupins, são capazes de modular a proteção física do carbono orgânico do solo (COS) por meio da formação de macroagregados, além disso, as minhocas convertem compostos lábeis de plantas em necromassa microbiana em reservatórios de carbono estabilizado e aumentam a resiliência do COS. Com isso, o objetivo deste estudo é avaliar o papel da macrofauna no sequestro de carbono em solo sob sistemas integrados e compreender os mecanismos usados pela macrofauna na estabilidade de agregados biogênicos. O Projeto será desenvolvido em quatro locais no Brasil, (Caiuá - SP, Rancharia -SP, Naviraí - MS e Ipameri-GO) as áreas apresentam solo arenoso e grau de complexidade do sistema distinto. Serão avaliados os sistemas: Pastagem, Sistema de integração lavoura-pecuária, pecuária-floresta, lavoura-pecuária-floresta e mata nativa. Com esse projeto, espera-se esclarecer a importância da macrofauna no sequestro de carbono e os benefícios dos sistemas integrados na manutenção desses organismos. Este conhecimento é crucial para estabelecer técnicas de manejos e relacionar a ganhos atrelados a abundância e diversidade da macrofauna em diversos processos do solo (e.g., agregação, infiltração de água, sequestro de C), os quais são afetados diretamente pela atividade destes organismos.