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Lendário e inacessível: a refiguração de Filêmon por Jung

Processo: 23/05981-1
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 24 de setembro de 2023
Data de Término da vigência: 21 de março de 2024
Área de conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Letras - Literaturas Clássicas
Pesquisador responsável:Isabella Tardin Cardoso
Beneficiário:Fabiana Lopes da Silveira
Supervisor: Sonu Shamdasani
Instituição Sede: Instituto de Estudos da Linguagem (IEL). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Instituição Anfitriã: University College London (UCL), Inglaterra  
Vinculado à bolsa:22/04222-7 - Jung Filólogo: o papel da Filologia Clássica nos fundamentos da Psicologia Analítica, BP.PD
Assunto(s):Arquétipos   Ovídio   Psicologia
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Arquétipos | Estudos de Recepção | Fausto | Livro Vermelho | Metamorfoses | Ovídio | Estudos de Recepção dos Clássicos

Resumo

Shamdasani (2005) argumenta que a psicologia profunda foi vítima de um mito segundo o qual ela teria sido uma "criação solitária" de S. Freud e C. G. Jung. Isso contribuiu para o equívoco comum de que Jung teria obtido boa parte de sua psicologia de Freud. Outro erro de julgamento comum sobre Jung é desprezá-lo como um mero ocultista cujo trabalho carece de qualquer rigor científico. Esta proposta pretende desafiar tais noções por meio da investigação de um aspecto pouco explorado nos trabalhos de Jung, nomeadamente o papel desempenhado pelas suas abrangentes recepções da literatura greco-romana na articulação de suas ideias. Apesar de a ubiquidade de material greco-romano na produção intelectual de Jung ser amplamente reconhecida, ela recebeu pouca atenção crítica; isso se deve, em parte, às deturpações supracitadas a respeito do trabalho do suíço. No entanto, um olhar mais atento aos escritos de Jung revela não só a notável extensão do seu repertório de fontes antigas, mas também a sua familiaridade com o trabalho com uma série de filólogos profissionais da sua época (tais como Kerényi, com quem Jung publicou dois trabalhos sobre arquétipos do inconsciente coletivo). À luz da evidência de que o relacionamento de Jung com a Antiguidade não é tão amadorística como normalmente se supõe, pretende-se examinar a recepção do mito de Filêmon no Livro Vermelho de Jung. Essa investigação analisará como o Filêmon de Jung: 1. refigura o personagem Filêmon em relação às Metamorfoses de Ovídio (VIII.611-724) e o Fausto de Goethe; 2. pode se relacionar a escritos herméticos e gnósticos que estavam recebendo atenção crítica considerável na época; 3. informa a teoria dos arquétipos de Jung, em particular o arquétipo do velho sábio. Esta proposta está alinhada com produções recentes que desafiam equívocos sobre o trabalho de Jung, situando-o em seu contexto intelectual mais amplo (e.g. Shamdasani, 2012; Bishop 2008 & 2009; Monahan, 2009). (AU)

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