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Micro-organismos associados à Porifera: função fisiológica e potencial biotecnológico

Processo: 24/14507-4
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de janeiro de 2026
Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2028
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Fisiologia - Fisiologia Comparada
Pesquisador responsável:Márcio Reis Custódio
Beneficiário:Márcio Reis Custódio
Instituição Sede: Instituto de Biociências (IB). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Pesquisadores associados:Claudio Augusto Oller do Nascimento ; Cristiane Cassiolato Pires Hardoim ; Enrique Eduardo Rozas Sanchez ; Gisele Lôbo Hajdu
Assunto(s):Bactérias  Biologia celular  Fungos  Invertebrados marinhos  Microbiologia 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:bacteria | biologia celular | Esponjas | Fungi | Invertebrados Marinhos | Microbiologia | Microbiota associada

Resumo

Esponjas (filo Porifera) são consideradas como os metazoários mais antigos existentes, com origens a cerca de 700 milhões de anos atrás. São sésseis e filtradoras, habitando praticamente todos os ambientes aquáticos marinhos ou de água doce, dos trópicos aos pólos e das fossas abissais à zona intertidal. Não possuem órgãos ou tecidos desenvolvidos como os demais metazoários, sendo seus processos fisiológicos baseados em células especializadas. São conhecidas por abrigar uma importante microbiota associada, que pode representar mais de 40% da biomassa do animal, incluindo uma grande diversidade de algas unicelulares, fungos, protistas, arqueas e bactérias, as quais são o grupo mais estudado. As relações desenvolvidas nestas associações são bastante estreitas, com espécies tendo cepas que não são encontradas no ambiente, e linhagens particulares sendo encontradas preferencialmente em esponjas, sendo mantidas em cápsulas ou em células especializadas. Além destas, exibem também associações pouco conhecidas, como no caso dos Labyrinthulomycetos, organismos de afinidades incertas. Esta microbiota é usada pelas esponjas em diversos processos, dentre os quais metabolizar o material absorvido em nutrientes ou detoxificar substâncias presentes na água. O estudo destas relações é fundamental para entender processos básicos na fisiologia de Porifera, no entanto as relações entre hóspedes e hospedeiros ainda são muito pouco compreendidas. Além da sua importância para a pesquisa básica, tal estudo também traz vertentes aplicadas importantes. Esponjas são conhecidas como uma fonte promissora de processos metabólicos ou compostos de interesse, e foram responsáveis por cerca de um terço de todas as novas moléculas obtidas de fontes marinhas desde a década de 1960. Esta proposta visa investigar as relações entre essa microbiota associada e seus hospedeiros, buscando também isolar cepas de interesse biotecnológico em esponjas. Considerando também a sua ampla aplicabilidade, as cepas de micro-organismos obtidas serão colocadas à disposição da comunidade acadêmica para que novas biomoléculas e processos possam ser investigados. (AU)

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