Limiares humanos: um estudo sobre as interações ambientais e interespecíficas entre os Makuxi

• Processo: 12/19800-4
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular
• Data de Início da vigência: 01 de março de 2013
• Data de Término da vigência: 31 de maio de 2015
• Área do conhecimento: Ciências Humanas - Antropologia - Etnologia Indígena
• Pesquisador responsável: Paulo José Brando Santilli
• Beneficiário: Paulo José Brando Santilli
• Instituição Sede: Faculdade de Ciências e Letras (FCL). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Araraquara. Araraquara , SP, Brasil
• Assunto(s): Cosmologia indígena Pecuária
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Cosmologia Makuxi | Etnologia Guianense | Interação Ambiental | pecuária indígena | relações interespecíficas | Terra Indígena Raposa Serra do Sol | Etnologia Sulamericana

Resumo

O projeto tem como propósito delinear a concepção dos colonizadores e das espécies exóticas na cosmologia Makuxi, povo de filiação linguística Carib habitante na região das Guianas. Trata de questionar a incorporação dos europeus e, em especial, dos rebanhos bovinos, entre outras espécies por eles introduzidas no vale do Rio Branco, às práticas cotidianas indígenas e discutir as mediações e clivagens decorrentes nas relações de parentesco, interétnicas e com o ambiente. Considerando as relações seculares dos índios com os rebanhos bovinos, procura-se investigar a classificação taxonômica do gado, entre outras espécies exóticas, em contraste com as espécies nativas, e etnografar as lides cotidianas dos habitantes das aldeias com os animais de criação, em especial as atividades atinentes ao pastoreio, referenciadas às práticas produtivas de caça e agrícolas. Tal investigação compreende a exegese das concepções de propriedade, tanto individual, como familiar e coletiva dos rebanhos, das áreas destinadas à pastagem, bem como de gestão e comercialização dos animais ainda não descritas na literatura antropológica. Propõe-se dedicar a etapa conclusiva da pesquisa à problematização e discussão do manejo do gado com as lideranças locais e entidades representativas da população indígena, contextualizada a legislação ambiental e ao código de fauna vigentes no país. (AU)