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Um clima de incertezas: as controversias científicas sobre mudanças climáticas nas revistas Science e Nature (1970-2005)

Processo: 15/06253-3
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Livros no Brasil
Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2015
Data de Término da vigência: 31 de maio de 2017
Área do conhecimento:Ciências Humanas - História - História das Ciências
Pesquisador responsável:Maria Amelia Mascarenhas Dantes
Beneficiário:Maria Amelia Mascarenhas Dantes
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Políticas públicas  Mudança climática  Clima  Controvérsia  Publicações de divulgação científica  Produção científica  Livros 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Controvérsias científicas | Estados Unidos da América | história das ciências | Mudanças Climáticas | politicas climáticas | História das Ciências

Resumo

Este livro faz a análise das controvérsias referentes à construção do fato científico das mudanças climáticas entre os anos de 1970 a 2005 nas revistas Science e Nature, tendo como hipótese norteadora do estudo a noção de que a política foi um elemento definidor dos debates ocorridos nas páginas dessas publicações. Circunscrevemos nosso espaço de análise no contexto histórico referente aos Estados Unidos da América, por considerarmo-lo o país que articulou os principais acordos políticos, como também os maiores impasses na execução desses, além de os grupos de pesquisa sobre o clima estudados estarem localizados neste país. Esses trinta e cinco anos tiveram três eixos temáticos discutidos sob a denominação de mudanças climáticas: aquecimento global, degradação da camada de ozônio e o inverno nuclear. Todos tiveram momentos específicos de hegemonia, estando presentes em textos de autoria de cientistas, editores, repórteres, burocratas e especialistas em diversas áreas do conhecimento. No ano de 1970 tivemos as primeiras discussões sobre a degradação da camada de ozônio, de caráter teórico, mas que suscitaram amplos debates relacionados à possibilidade real de tal fato acontecer. Ainda nos anos 1970, o aquecimento global teve um primeiro período de hegemonia, quando foi questionada a validade de seu enunciado em relação ao do resfriamento global. Ambos os temas foram sobrepujados a partir de 1983 pelo inverno nuclear, divulgado pelo grupo sob a sigla TTAPS e liderados pelo astrofísico estadunidense Carl Sagan. O enunciado era relacionado diretamente à Guerra Fria e teve a mesma duração que este momento histórico, sumindo paulatinamente do cenário científico no início dos anos 1990. De 1987 em diante, a degradação da camada de ozônio foi retomando seu protagonismo nas controvérsias, baseado então em estudos empíricos, quando os cientistas identificaram um buraco na camada acima da Antártica. Desde 1988 o aquecimento global está sendo discutido pela comunidade científica, mas retorna ao centro das atenções apenas em 1998, como resultado da assinatura por muitos países do Protocolo de Kyoto e do consenso científico que isto teria provocado. A hegemonia do aquecimento global foi analisada até o ano de 2005, quando uma série de dúvidas colocam em jogo o consenso e o acordo estabelecido em Kyoto. Por fim, procuramos montar esse mosaico de enunciados e suas controvérsias, tendo como base teórica a História das Ciências. (AU)

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