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Tempo, trabalho e conflito social: o complexo coureiro calçadista de Franca - SP (1950-1980)

Processo: 16/14892-9
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Livros no Brasil
Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2016
Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2017
Área do conhecimento:Ciências Humanas - História - História do Brasil
Pesquisador responsável:Fernando Teixeira da Silva
Beneficiário:Fernando Teixeira da Silva
Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Assunto(s):História do trabalho  Indústria calçadista  Indústria do couro  Justiça do trabalho  Conflito social  Trabalhadores  Franca (SP)  Publicações de divulgação científica  Produção científica  Livros 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Borracha - Indústria | Calçados - Indústria | conflito social | Couros - Indústria | Justiça do Trabalho | Trabalhadores - Franca (SP) | História Social do Trabalho

Resumo

Entre as décadas de 1950 e 1980, inserido na conjuntura nacional de expansão industrial, crescimento urbano e concentração populacional nas cidades, o município de Franca - SP consolidou-se como o principal produtor de calçados masculinos de couro do Brasil. A exportação de calçados teve início nos anos 1970 e os produtores locais tiveram nos Estados Unidos os principais compradores de suas mercadorias. O desenvolvimento do setor deu origem a um complexo coureiro-calçadista composto por diferentes indústrias produtoras de matéria-prima e componentes para calçados, com destaque para os curtumes e as indústrias de artefatos de borracha. Uma das principais características desse parque fabril foi a heterogeneidade do porte e da tecnologia empregada pelas fábricas. O crescimento industrial tornou a cidade um importante polo de atração populacional e milhares de ex-trabalhadores rurais migraram em busca de trabalho e melhores condições de vida. Dessa maneira, os principais objetivos desse livro foram analisar as transformações nos processos produtivos, as relações de trabalho e a formação da classe trabalhadora ao longo do período. Para tanto, privilegiei as experiências cotidianas dos trabalhadores e trabalhadoras que dedicaram longos anos de suas vidas à produção de couros, calçados e seus componentes. Busquei compreender as características e os impactos das transformações tecnológicas sobre a força de trabalho, a formação do pessoal dedicado exclusivamente ao controle do tempo alheio, as condições de trabalho e as experiências em comum, fundamentais para a formação de uma identidade de classe centrada no compartilhamento de interesses. Ao final, interpretei os conflitos sociais no chão de fábrica, por meio da análise das diversas estratégias desenvolvidas pelos trabalhadores para produzirem menos do que eram capazes, o que possibilitou ampliar a ideia de luta de classes, ao tomar o espaço produtivo como privilegiado para se interpretar as diversas formas de resistência operária. Por meio dos processos trabalhistas impetrados pelos trabalhadores, constatei que a Justiça do Trabalho se constituiu em instância privilegiada para dirimir disputas entre trabalhadores e capitalistas, para assegurar aos trabalhadores direitos frequentemente negados pelas empresas e, não raro, para impor limites aos mandos e desmandos dos patrões e dos superiores hierárquicos. (AU)

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