Variabilidade genética de algumas espécies de vertebrados ameaçadas pelo comércio ilegal: rotas e padrões do tráfico e repatriação de indivíduos apreendidos

• Processo: 10/08791-9
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico
• Data de Início da vigência: 01 de junho de 2010
• Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2011
• Área de conhecimento: Ciências Biológicas - Genética - Genética Animal
• Pesquisador responsável: João Stenghel Morgante
• Beneficiário: Paula Vianna Correa da Silva
• Instituição Sede: Instituto de Biociências (IB). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Vinculado ao auxílio: 08/52207-0 - Variabilidade genetica de algumas especies de vertebrados ameacadas pelo comercio ilegal: rotas e padroes do trafico e repatriacao de individuos apreendidos., AP.R
• Assunto(s): Genética forense Repetições de microssatélites
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Comércio ilegal | Microssatélites | genética forense

Resumo

O comércio ilegal de fauna é hoje uma das principais ameaças aos animais silvestres brasileiros, junto com a perda e degradação de habitats. Paralelamente à grande demanda, o número de apreensões de animais provenientes do tráfico tem crescido a cada ano. Apesar de um grande número destes indivíduos não sobreviver, dos que sobrevivem, muitos são recuperados e estão, aptos a voltarem à vida livre. Contudo, esforços de repatriação devem ser vistos com extrema cautela, já que grandes prejuízos podem ser trazidos para as populações naturais se nelas forem inseridos indivíduos de linhagens genéticas diferentes. Com isso, tornam-se necessários estudos de estrutura populacional de espécies com grande demanda no tráfico. Além de nortear possíveis esforços de repatriação, estes estudos contribuirão com hipóteses demográficas para um maior entendimento da diversidade nos neotrópicos. Neste contexto, serão utilizadas como modelo 4 espécies de vertebrados. Os passeriformes constituem espécies de grande interesse para o tráfico, sendo elas o azulão (Cyanocompsa brissonii), o trinca-ferro (Saltator similis) e o pixoxó (Sporophila frontalis). Já as preguiças (Bradypus variegatus) são alvos principalmente de transporte ilegal. Para as aves, ainda pouco estudadas sob o aspecto de demografia e genética de populações, serão desenvolvidos oligonucleotídeos iniciadores de marcadores microssatélites e realizadas análises de variabilidade populacional para determinar se existe estruturação genética associada à geografia nas diferentes espécies. Em caso positivo serão realizados testes de atribuição com indivíduos apreendidos do comércio ilegal para inferir suas populações de origem, um passo importante no sentido de um dia repatriar corretamente indivíduos apreendidos, assim como auxiliar no maior entendimento das rotas do tráfico de fauna no Brasil. Para as preguiças, cujos padrões de estrutura gorgráfica das populações já são bem compreendidos, serão realizados testes de atribuição de indivíduos de origem desconhecida. Paralelamente serão coletadas tecidos de indivíduos de diferentes espécies provenientes de apreensão com o objetivo de iniciar um banco de amostras.