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Entre o rastro e o som: a poética da predação Awá-Guajá

Processo: 11/12175-4
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2011
Data de Término da vigência: 22 de julho de 2014
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Antropologia - Etnologia Indígena
Pesquisador responsável:Vanessa Rosemary Lea
Beneficiário:Uirá Felippe Garcia
Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Assunto(s):Caça   Predação   Guerra   Poética
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Awá-Guajá | Caça | Cantos | Guerra | Poética | Predação | Etnografia; Povos Caçadores-Coletores; Sistemas de Pensamento e Ação; Antropologia do Som

Resumo

Este é um projeto sobre o lugar da comunicação sonora e da música em um pequeno grupo indígena sul-americano. O projeto de pesquisa tem um duplo objetivo: etnográfico e comparativo. Em termos etnográficos, propõe-se a dar continuidade à pesquisa junto aos Awá-Guajá, um pequeno grupo de caçadores, falantes de uma variante do Tupi-Guarani, e habitantes das bacias dos rios Gurupi, Turiaçú e Mearim, na porção oeste do estado do Maranhão (Brasil). Pretende-se estudar (1) os processos de cura levados a cabo a partir de uma tecnologia xamânica, cujos cantos são os principais articuladores entre diferentes mundos; (2) o complexo comunicacional existente entre o mundo dos vivos (chamado wy) e outros patamares (chamados iwá), povoados por uma classe de seres denominados karawara, cuja relação com a humanidade é também através dos cantos; e (3) a forma de "engajamento poético" (cujo som desempenha um papel central) existente na atividade de caça, que transforma a relação entre humanos e animais, também, em uma relação de guerra. Os três aspectos, embora independentes, convergem para um tema de interesse principal, que é a relação entre os Awá-Guajá e a caça. A etnologia das terras baixas sul-americanas conta com boas análises sobre cosmologia, xamanismo e caça, porém sobre o último tema especificamente, se comparado à produção teórica sobre a caça em outras regiões etnográficas (como o Ártico, Sibéria e Sudeste Asiático), há muito o que ser investigado. Em níveis comparativos, pretendo pensar de que maneira os Awá-Guajá se aproximam ou distanciam de outros povos da região, e formular hipóteses que dialoguem com sócio-cosmologias não só de grupos Tupi, mas de outras paisagens etnográficas sul-americanas (tal como o Brasil Central, Noroeste e Piemonte Amazônico e Guianas, por exemplo), tanto com base em fontes bibliográficas, quanto por meio do diálogo com outros pesquisadores.

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