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Marcas proverbiais em redações de vestibular

Processo: 11/16337-9
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de março de 2012
Data de Término da vigência: 31 de outubro de 2013
Área de conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Linguística - Linguística Aplicada
Pesquisador responsável:Manoel Luiz Gonçalves Corrêa
Beneficiário:Glauce de Oliveira Alves
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:marcas proverbiais | redação de vestibular | relações intergenéricas | Ensino de língua materna

Resumo

Esta pesquisa tem por objetivo investigar a realização do mecanismo das relações intergenéricas no emprego de marcas proverbiais - diferentes formas de apresentação do provérbio na qualidade de gênero do discurso - em redações de vestibular, a partir de estudo comparativo do funcionamento discursivo dessas marcas em dois conjuntos de textos, a saber: sessenta redações do vestibular da FUVEST/2006 (tema Trabalho) e sessenta redações do vestibular da FUVEST/2009 (tema Fronteiras), perfazendo o total de 120 textos. Nessas redações, foram reconhecidos os seguintes tipos de registro do provérbio a título de gênero do discurso, por mim denominados marcas proverbiais: (a) construção em que o provérbio aparece integralmente com o uso de aspas e/ou glosa; (b) construção em que o provérbio aparece de forma integral sem o uso de aspas e glosa; (c) enunciado organizado a partir da modificação da estrutura de um provérbio; (d) enunciado que alude ao sentido de um provérbio; e (e) construção que reproduz a estrutura de um enunciado proverbial. Sob um olhar enunciativo-discursivo, este trabalho se fundamenta, primordialmente, nos estudos do Círculo de Bakhtin, relacionados à perspectiva dialógica da linguagem e à teoria dos gêneros do discurso; em Maingueneau (1997, 2008b, 2010) em relação às suas considerações sobre as estratégias de captação e de subversão e sobre os aspectos da enunciação proverbial e; em Lysardo-Dias (2004), que compreende o provérbio como um gênero do discurso que se caracteriza pela inserção obrigatória em outro gênero. Os resultados desta pesquisa revelam que o funcionamento discursivo das marcas proverbiais resulta das relações intergenéricas. Esse mecanismo se constata não só pela inserção das marcas proverbiais na redação de vestibular, em que desempenham diversas funções argumentativas, mas também pelo fato de essas marcas apresentarem vestígios de outros gêneros nos quais o provérbio já se instalou. Num caso e no outro, esses vestígios são reconhecíveis tanto no conteúdo temático, quanto na construção composicional e no estilo do gênero. Contrariando a recomendação escolar de evitar o uso de expressões cristalizadas em redações de vestibular, os resultados se apresentam como contribuições para o ensino à medida que: (a) abrem a possibilidade de uma leitura de textos que permite compreendê-los como registros da dinamicidade dos gêneros do discurso; e (b) relativizam aquela recomendação escolar, tendo em vista que a qualidade do texto nem sempre está ligada à ausência de formas cristalizadas.

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Publicações acadêmicas
(Referências obtidas automaticamente das Instituições de Ensino e Pesquisa do Estado de São Paulo)
ALVES, Glauce de Oliveira. Marcas proverbiais em redações de vestibular. 2013. Dissertação de Mestrado - Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH/SBD) São Paulo.