A Pastoral do Turismo e sua ambiguidade estrutural

• Processo: 13/26562-5
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado
• Data de Início da vigência: 01 de julho de 2014
• Data de Término da vigência: 30 de junho de 2016
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Sociologia
• Pesquisador responsável: André Ricardo de Souza
• Beneficiário: Pedro Augusto Ceregatti Moreno
• Instituição Sede: Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil
• Vinculado ao auxílio: 11/50458-8 - O cristianismo no Brasil em suas feições econômicas e assistenciais com derivações políticas, AP.JP
• Assunto(s): Turismo religioso
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Empreendedorismo religioso | Pastoral do Turismo | Turismo Religioso | Outras sociologias

Resumo

Reconhecido pela Organização Mundial do Turismo (OMT) como uma parcela desse mercado, o turismo religioso constitui significativo faturamento e trânsito de pessoas, nacional e internacionalmente. Sua expansão vem se dando no Brasil a partir do reconhecimento de seu potencial lucrativo. Decorre da transição de uma fase em que as peregrinações e romarias não tinham gerenciamento e aconteciam quase que autonomamente, para o momento atual de estruturação e capacitação empresarial de seus agentes e serviços prestados. Vários fatores estão interligados no desenvolvimento desse mercado no Brasil, sendo as diferentes esferas de governo responsáveis por grande parte dos investimentos no setor, subsidiando melhorias em infraestrutura e programas de incentivo com foco em eventos e pólos de atração religiosa, possibilitando assim o aprimoramento da rede hoteleira, conexão de transportes, agências e operadoras de viagens. Além disso, a Igreja Católica também se mobiliza a fim de gerenciar o campo, desenvolvendo no país a Pastoral do Turismo, com iniciativa de regulação e organização de santuários e espaços religiosos, capacitação de pessoal e estratégias de ação que fomentem a prática turística nas paróquias com potencial receptivo. Essa iniciativa expõe o perfil empreendedor da igreja, ao mesmo tempo em que a contradição conceitual do próprio termo "pastoral do turismo religioso", dado que as pastorais se voltam para atividades sem fins lucrativos.