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Aproveitamento do extrato residual de Artemisia annua L., resultante da extração do sesquiterpeno antimalárico, em aplicações cosméticas

Processo: 18/02833-3
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico
Data de Início da vigência: 01 de abril de 2018
Data de Término da vigência: 31 de outubro de 2018
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Farmácia - Farmacotecnia
Pesquisador responsável:Rosana Maria Alberici Oliveira
Beneficiário:Giovanna Veronezzi
Vinculado ao auxílio:16/10639-7 - Aproveitamento do extrato residual de Artemisia annua L., resultante da extração do sesquiterpeno antimalárico, em aplicações cosméticas, AP.PIPE
Assunto(s):Cosmetologia   Cosméticos   Extratos vegetais   Artemisia annua   Sesquiterpenos   Espectrometria de massas   Extração com fluido supercrítico   Aproveitamento de subprodutos
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:cosméticos multifuncionais | Cosméticos naturais sustentáveis | Espectrometria de massas | Extração por fluido super-crítico | extratos vegetais padronizados | Extratos vegetais residuais | Cosmetologia

Resumo

Artemisia annua L., um arbusto que ocorre naturalmente na China e no Vietnã, tem sido amplamente utilizada no tratamento de malária. Entre os metabólitos secundários isolados das espécies do gênero Artemisia, os mais característicos são as lactonas sesquiterpênicas, sendo a artemisinina (quinghaosu) (1,2%/p), a que apresenta eficiência no tratamento de casos de malária causadas pelo Plasmodium falciparum. A espécie é a única fonte economicamente viável dessa molécula. No Brasil, o cultivo da A. annua foi adaptado às condições climáticas do sudeste brasileiro pelo Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas (CPQBA-UNICAMP). No processo de produção deste importante antimalárico é gerado um resíduo de extração significante com alta atividade farmacológica, como propriedades anti-inflamatória, antimicrobiana e antioxidante. Neste contexto, o objetivo principal deste projeto é desenvolver um produto cosmético com propriedades anti-inflamatória, antimicrobiana e antioxidante, relacionadas ao extrato residual de A. annua L. resultante da extração de artemisinina para produção da droga antimalárica, levando a um melhor aproveitamento da planta. O CPQBA-UNICAMP, detentor do registro de cultivar no Ministério da Agricultura, cultivará a planta (180Kg) e fornecerá o material seco e moído. O LASEFI-FEA-UNICAMP (Laboratório de Tecnologia Supercrítica: Extração, Fracionamento e Identificação de Extratos Vegetais), que desenvolve pesquisas na área de fluidos supercríticos desde 1986, e tem como principal foco de pesquisa a extração de compostos bioativos a partir de matrizes biológicas, desenvolverá o processo de extração supercrítica fracionada empregando (CO2) para obtenção dos extratos da A. annua, com diferentes composições químicas. Os estudos e aplicações industriais de tecnologias envolvendo fluidos supercríticos, que utilizam como solventes substâncias inofensivas ao meio-ambiente e à saúde humana, como CO2, tem se intensificado nos últimos anos. Além do extrato residual, otimizará a produção de coprodutos como óleo essencial e artemisinina. Posteriormente, será também responsável pelo processamento dos 180kg de planta. A S Cosméticos do bem será responsável pelos ensaios de formulação com incorporação do extrato residual a uma base de creme desenvolvida pela equipe de farmacêuticos da empresa, que contará com assessoria da Profa Dra Patrícia Maria Berardo Gonçalves Maia Campos (FCF-USP). Formulações, contendo diferentes concentrações do extrato residual (princípios bioativos), serão submetidas aos testes de atividades anti-inflamatória, antimicrobiana e antioxidante. A prospecção e quantificação da artemisinina e seus derivados, fundamental para a obtenção de novos produtos para a indústria cosmética, será realizada no Laboratório Thomson de Espectrometria de Massas (IQ-UNICAMP). A composição do complexo fotoquímico presente no extrato residual, determinado por MS, será correlacionado com os resultados dos testes in vitro e ex vivo resultando num método de padronização pioneiro na área cosmética. O produto cosmético final será submetido ao teste de estabilidade e eficácia e segurança. Uma vez comprovadas a eficácia e segurança e as propriedades terapêuticas da formulação contendo o extrato residual, a S Cosméticos do Bem produzirá 1000 unidades de 50g cada a título de MVP (minimum viable product), com intuito de introduzir o produto no mercado. Através deste projeto, a S Cosméticos do Bem busca inovar ao desenvolver um novo produto cosmético sustentável, com propriedades terapêuticas, eficácia e segurança comprovadas, altamente competitivo e que apresenta grande potencial econômico, tanto no mercado nacional como internacional. (AU)

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