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Por uma ética existencialista: a moral da ambiguidade no projeto filosófico de Simone de Beauvoir (1944 a 1949)

Processo: 19/26591-1
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de junho de 2021
Data de Término da vigência: 31 de maio de 2022
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Filosofia - História da Filosofia
Pesquisador responsável:Luiz Damon Santos Moutinho
Beneficiário:Lucas Joaquim da Motta
Instituição Sede: Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil
Assunto(s):Filosofia contemporânea   Existencialismo   Moral   Ambiguidade   Obra literária   Análise de conteúdo
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:existencialismo | filosofia contemporânea | História da Filosofia | Moral da ambiguidade | Simone de Beauvoir | História da Filosofia Contemporânea

Resumo

Trata-se de analisar a moral da ambiguidade nas obras Pirro e Cinéias (1944), Por uma moral da ambiguidade (1947) e O segundo sexo (1949), escritas por Simone de Beauvoir. Nesses ensaios, a filósofa demonstra a importância do contato moral entre as consciências individuais e como uma ação pode ser definida ou não como ética. Além domais, Beauvoir investiga como uma situação pode se tornar opressiva ou, de modo arbitrário, autônoma, devida a relação intersubjetiva das liberdades singulares. Essas questões, distantes de serem resolvidas, são sustentadas pela ambiguidade da condição humana, postura na qual a autora defende para promover o verdadeiro sentido da liberdade, se afastando, com efeito, de certas morais, sobretudo as morais kantiana e hegeliana, que são inauguradas por meio de pressupostos universais. Desse modo, nos ensaios de 1944 e 1947, Beauvoir evoca a austeridade de uma possível moral existencialista que privilegia a existência - como condição faltosa de ser - por intermédio de uma liberdade criadora, cujo desvelamento de ser visa um desvelamento moral. No entanto, no ensaio de 1949, a moral existencialista surge não mais como uma possibilidade, mas como uma tese fundamentada e cabível de investigar a situação moral da humanidade. Logo, isso sugere que houve um prosseguimento das teses morais da autora, previstas em seus primeiros livros e abordados, de maneira consecutiva, no Segundo sexo. De modo geral, em termos da própria filósofa, "uma moral da ambiguidade será uma moral que se recusará a negar a priori que existentes separados possam ao mesmo tempo estar ligados entre si e que suas liberdades singulares possam forjar leis válidas para todos". Nessas condições, o escopo desta pesquisa é duplo: (I) expor as primeiras teses filosóficas de Simone de Beauvoir, delineando um possível caminho para que o leitor chegue ao que ela denomina de moral da ambiguidade; (II) analisar como essa moral pode ser compreendida nas três obras em questão, intersectando suas principais características para demonstrar que, por hipótese, ninguém nasce moral, torna-se moral. (AU)

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