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Os asilos-colônia do Estado de São Paulo: de patrimônios a territórios culturais

Processo: 21/03248-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de março de 2022
Data de Término da vigência: 31 de janeiro de 2023
Área de conhecimento:Ciências Sociais Aplicadas - Arquitetura e Urbanismo
Pesquisador responsável:Maria Cristina da Silva Schicchi
Beneficiário:Bianca Maria Batista Janotti
Instituição Sede: Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação. Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMP). Campinas , SP, Brasil
Assunto(s):Memória
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:asilos-colônia | memória | patrimônios marginais | políticas de preservação | territórios culturais | Preservação do Patrimônio Cultural

Resumo

Entre 1930 e 1960, a política de tratamento dos hansenianos implantada no Estado de São Paulo tornou-se modelo para as demais cidades brasileiras. São Paulo foi um dos estados pioneiros e o último a abolir esta forma de tratamento por isolamento. Porém, o controle sanitário de doenças infectocontagiosas, neste período, não era uma ação isolada, fazia parte de uma série de propostas dos governos estaduais e municipais, que utilizavam a segregação como solução para muitos problemas sociais que poderiam frear o avanço do crescimento e desenvolvimento urbanos, à luz da presença hegemônica da economia agroexportadora cafeeira e da consolidação da cidade como sede do capital comercial. A solução por meio da construção de asilos-colônia foi colocada em prática na década de 1920 e são eles os objetos de estudo desta pesquisa. Eles foram pensados para funcionar em rede, de forma que pudessem abranger todas as áreas do estado, distribuídas em quatro circunscrições do território paulista e em cinco asilos-colônia implantados em distintas cidades: Santo Ângelo, Padre Bento, Pirapitingui, Cocais e Aimorés - construídos entre as décadas de 1920 e 1930 -, tombados pelo Condephaat entre 2016 e 2018. Essa memória está ligada a uma sucessão de lugares, o que demanda uma abordagem de estudo de conjunto, mas também uma leitura dos próprios territórios onde estão inseridos, pois, entende-se que não se mantiveram alheios aos processos políticos e de planejamento locais. Assim, o objetivo principal da pesquisa é estudar os asilos-colônia como equipamentos complexos de escala urbano-territorial. A partir de um levantamento preliminar dos cinco asilos tombados, foram selecionados dois deles para estudo de casos, o Santo Ângelo e o Aimorés, onde se buscará compreender a natureza desses objetos e as transformações ocorridas nas formas de tratamento das doenças a eles associadas, que culminaram, em muitos casos, numa condição de obsolescência. Pretende-se avaliar as condições de uso, apropriação e os significados atuais destes complexos, tanto o seu papel no desenvolvimento territorial dos municípios onde estão situados quanto e, principalmente, para as populações locais. A metodologia se apoia nos métodos histórico-analítico e empírico. Como resultado, espera-se ampliar a discussão sobre os asilos-colônia como complexos urbano-territoriais e apontar novos critérios de apreensão dos significados culturais a eles relacionados, bem como contribuir para o aprimoramento dos critérios de preservação dos denominados "patrimônios marginais".

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