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Entre a natureza e a humanidade: o estatuto da arte em albert camus

Processo: 21/13010-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2022
Data de Término da vigência: 29 de fevereiro de 2024
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Psicologia - Fundamentos e Medidas da Psicologia
Pesquisador responsável:Reinaldo Furlan
Beneficiário:Gabriel Leva França Maciel
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil
Assunto(s):Absurdo   Artes   Existência
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Absurdo | Arte | Camus | Existência | revolta | Filosofia da psicologia

Resumo

O objetivo desta pesquisa é investigar o estatuto da arte e o movimento de criação artística na obra de Albert Camus. O ensaísta franco-argelino, que fundamenta seu pensamento em duas fases, do absurdo e da revolta, consagrou sua importância através de grandes obras literárias, demonstrando força da criação artística em sua elucubração filosófica. Investigamos, nas obras camusianas, as relações entre arte e vida, sendo que, em seus ensaios filosóficos: O Mito de Sísifo e O Homem Revoltado, Camus escreve sobre a arte e a criação como se compartilhassem as mesmas exigências éticas necessárias para uma vida, estilizada, lúcida e engajada. Para tanto, o estatuto da arte se aproxima de seus dois fenômenos primeiros, o absurdo e a revolta, passando por desdobramentos entre ambos. Por exemplo, sobre a criação absurda, em sua primeira fase, a verdadeira arte deveria externalizar o sentimento absurdo e sua razão; na criação revoltada, a arte vem suprir as exigências estéticas da revolta, e ambas, arte e revolta, realizam um movimento semelhante na transformação do mundo. Do pensamento camusiano extraímos os seguintes dados: 1) Diante do absurdo, cabe à humanidade se manter lúcida acerca dos muros que a cercam, a criação artística deve transparecer tal lucidez; 2) A paixão por unidade, entre homem e mundo, é uma espécie de impulso universal, também manifestado através da arte; 3) Para ser um grande artista é preciso, antes de tudo, ser um grande vivente; 4) A arte, exalta e nega o real ao mesmo tempo, construindo um projeto de transformação que não legitima nunca a morte ou o aniquilamento, nem pode suprimir completamente a natureza. Como um modo de avançar em seu pensamento, buscamos na concepção camusiana de Natureza, a possibilidade de contato, através de uma espécie de comunicação sensível, entre homem e mundo. É a ideia de Natureza que permite ao homem superar a fracção entre ele o mundo, sem a supressão de nenhum dos polos ou da tensão entre ambos. Através da arte, também podemos construir relações profícuas com o pensamento de Nietzsche e Dostoiéviski, que preenchem as páginas dos ensaios camusianos, como um instrumento para compreender a profundidade do pensamento de Camus e sua ética para uma vida estilizada.

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