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As Cristianizações da Antiguidade Clássica: historicidades da pintura mural do Inferno da Capela Strozzi di Mantova (c. 1350-1357)

Processo: 22/14026-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de março de 2023
Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2025
Área de conhecimento:Ciências Humanas - História - História Antiga e Medieval
Pesquisador responsável:Maria Cristina Correia Leandro Pereira
Beneficiário:Bruno dos Santos Menegatti
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Bolsa(s) vinculada(s):24/03436-9 - Integrando a Poesia: Uma abordagem incorporativa para evidências documentais e visuais da recepção dominicana da poesia antiga e vernácula em Santa Maria Novella (século XIV), BE.EP.MS
Assunto(s):Análise de imagens   História social da arte   Inferno   Juízo final
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Análise de imagens | Divina Comédia | Inferno | Juízo Final | Ordem Dominicana | Trecento | História Social da Arte

Resumo

O presente projeto destina-se a analisar a pintura mural do Inferno da Capela Strozzi di Mantova (1350-1357) localizada na Basílica dominicana de Santa Maria Novella em Florença. A imagem é um segmento do ciclo de afrescos do Juízo Final daquela capela e, continuamente, tem sido compreendida pela historiografia como um culto dos versos de Dante Alighieri, em razão do prestígio e popularidade rapidamente alcançada pela Commedia. Entretanto, tal abordagem deixa de lado a ampla crítica ao poeta e a seu uso excessivo de poesia e mitologia antiga em sermões e em regimentos dominicanos do século XIV.Em vista disso, a análise da imagem será conduzida pela construção de um corpus documental de fontes materiais, visuais e textuais trecentistas, de modo a fundamentar uma nova hipótese de como e porquê os dominicanos censuraram institucionalmente a leitura da Commedia e readequaram visualmente, sobretudo, as figuras clássicas em representações incongruentes com as descrições dadas por Dante. Essa conjuntura é controvertida, uma vez que tanto Dante foi frequentador informal da escola dominicana de Santa Maria Novella, quanto a literatura e as imagens cristãs nunca deixaram de se nutrir da tradição clássica em suas visões do Além. A questão que se coloca, portanto, são as divergências formais que podemos aferir na comparação desses registros de apropriações da Antiguidade Clássica, a fim de esclarecer o caráter crítico e apológico da pintura do Inferno, assim como ela corrobora ou renuncia o contexto inferido de controvérsia social entre poeta e teólogos trecentistas.

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