Busca avançada
Ano de início
Entree

Mecanismos subjacentes da doença cardiovascular no Diabetes: o papel do colágeno glicado

Processo: 23/07341-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Projeto Geração
Data de Início da vigência: 01 de junho de 2023
Data de Término da vigência: 06 de dezembro de 2023
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Clínica Médica
Pesquisador responsável:Renato Simões Gaspar
Beneficiário:Renato Simões Gaspar
Instituição Sede: Instituto do Coração Professor Euryclides de Jesus Zerbini (INCOR). Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP). Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:22/05750-7 - Mecanismos subjacentes da doença cardiovascular no Diabetes: o papel do colágeno glicado, AP.GR
Assunto(s):Fisiopatologia   Colágeno   Diabetes mellitus   Endotélio   Glicação   Plaquetas sanguíneas   Trombose   Sistema cardiovascular
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:colageno | diabetes | endotélio | glicação | Plaquetas | Trombose | Fisiopatologia Cardiovascular

Resumo

O diabetes tipo 2 é uma doença crônica e epidêmica com alto custo socioeconômico em todo o mundo e que leva ao aumento do risco de doenças cardiovasculares (DCV) e eventos tromboembólicos. Tais processos são amplamente mediados pela ativação plaquetária e disfunção endotelial. As terapias antidiabéticas atuais fornecem proteção cardiovascular limitada, o que sugere que pacientes diabéticos incorrem em modificações permanentes e/ou estruturais que não são alvo dos tratamentos atuais. Nesse sentido, a hiperglicemia crônica leva à formação de produtos finais de glicação avançada (AGEs) por meio de uma adição não-enzimática de moléculas de glicose a proteínas - reação esta denominada glicação. Embora a maioria das proteínas tenha uma meia-vida curta (dias a semanas), o colágeno fibrilar tipo I, encontrado no subendotélio de artérias, tem meia-vida de mais de 10 anos. De fato, o colágeno I não glicado foi extensamente caracterizado em relação à sua capacidade de estimular plaquetas e induzir trombose. Assim, é razoável especular que o colágeno glicado se acumula na vasculatura de pacientes diabéticos em um processo que não é modificado pelos medicamentos antidiabéticos atuais. Isso poderia explicar por que pacientes diabéticos têm alto risco de desenvolver DCV apesar de um controle glicêmico rigoroso. No entanto, ainda não está claro se ou como o colágeno glicado promove a formação de trombos e a disfunção endotelial. É possível que as alterações moleculares encontradas no colágeno glicado (por exemplo, crosslinking) coincidam com propriedades físicas alteradas que afetam a maneira como células cardiovasculares detectam essas fibras. Portanto, esta proposta visa investigar se o colágeno glicado leva a uma ativação disfuncional de plaquetas e células endoteliais, contribuindo assim para o aumento do risco cardiovascular de indivíduos diabéticos. Especificamente, avaliaremos 1) as propriedades moleculares e físicas do colágeno glicado e sua interação com o receptor para AGE (RAGE), 2) como as plaquetas e células endoteliais sinalizam em resposta ao colágeno glicado, 3) se as propriedades físicas do colágeno a matriz extracelular contribuem para a forma como as células detectam o colágeno glicado e 4) se o colágeno glicado encontrado na vasculatura de artérias de indivíduos diabéticos afeta a formação de trombos e a função vascular. Os dados derivados desta proposta podem identificar uma nova estratégia para tratar DCV e eventos tromboembólicos em indivíduos diabéticos e caracterizar um novo mecanismo subjacente para explicar o aumento do risco de DCV nesses pacientes. (AU)

Matéria(s) publicada(s) na Agência FAPESP sobre a bolsa:
Mais itensMenos itens
Matéria(s) publicada(s) em Outras Mídias ( ):
Mais itensMenos itens
VEICULO: TITULO (DATA)
VEICULO: TITULO (DATA)