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O relacionamento entre médicos tropicalistas brasileiros e portugueses em tempos de descolonização, 1944-1975

Processo: 23/12616-8
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 02 de junho de 2024
Data de Término da vigência: 01 de junho de 2025
Área de conhecimento:Ciências Humanas - História - História das Ciências
Pesquisador responsável:Francisco Carlos Palomanes Martinho
Beneficiário:Ewerton Luiz Figueiredo Moura da Silva
Supervisor: Marta Cristina Catarino Lourenco
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Instituição Anfitriã: Museu Nacional de História Natural e da Ciência, Portugal  
Vinculado à bolsa:23/04027-2 - O relacionamento entre médicos tropicalistas brasileiros e portugueses em tempos de descolonização, 1944-1975, BP.PD
Assunto(s):Brasil   Congressos   Descolonização   Medicina tropical   Portugal
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Brasil | Congressos | Descolonização | Medicina Tropical | Portugal | Salazarismo | História da medicina e das práticas médicas

Resumo

Este plano de trabalho objetiva desenvolver uma pesquisa de pós-doutoramento sobre o alcance do intercâmbio científico entre médicos tropicalistas brasileiros e portugueses durante as décadas de 1940 e 1970. Mais precisamente, o recorte temporal deste estudo inicia-se em 1944, ano em que João Fraga de Azevedo e Augusto Salazar Leite, médicos vinculados ao Instituto de Medicina Tropical de Lisboa, realizaram uma missão de estudos ao Brasil, oportunidade na qual visitaram os Institutos Oswaldo Cruz e Butantan, e termina no ano de 1975, data do encerramento oficial do domínio colonial português sobre a África e também quando o parasitologista brasileiro Leônidas Deane foi aceito como docente no Instituto de Higiene e Medicina Tropical de Lisboa. Nos anos 1950 e 1960, o intercâmbio científico entre médicos portugueses e brasileiros ganhou fôlego através de iniciativas como as Jornadas Médicas luso-brasileiras (1952 e 1956) e os Sextos e Sétimos Congressos Internacionais de Medicina Tropical e Malária, ocorridos, respectivamente, em Lisboa (1958) e no Rio de Janeiro (1963). Paralelamente, as relações bilaterais luso-brasileiras ficaram marcadas pela mudança no posicionamento do governo brasileiro com relação à descolonização no continente africano: as demonstrações de solidariedade dos representantes brasileiros na ONU, durante dos governos Vargas (1951-1954) e Kubitschek (1956-1961), com a política ultramarina portuguesa cederam lugar a posições mais incisivas contra o colonialismo nos governos Quadros (1961) e Goulart (1961-1964), que coincidiram com o início da guerra colonial nas possessões africanas de Portugal. Com o golpe civil-militar de 1964, o governo brasileiro tomou maior cuidado para não desagradar o regime salazarista na questão ultramarina e, a partir dos anos 1970, quando o pragmatismo econômico começou a prevalecer sobre a orientação ideológica na política externa brasileira, Brasília procurou se dissociar do apoio prestado ao colonialismo português. Assim, através da consulta a um conjunto diversificado de fontes, disponíveis em arquivos brasileiros e portugueses, pretende-se analisar o relacionamento médico-científico entre tropicalistas dos dois países num contexto marcado pela dissolução dos impérios coloniais europeus em África. (AU)

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