Efeito da temperatura nos danos histopatológicos causados por Material Particulado Atmosférico Sedimentável (SePM)

• Processo: 24/00062-0
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de maio de 2024
• Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2025
• Área de conhecimento: Ciências Biológicas - Morfologia - Histologia
• Pesquisador responsável: Cléo Alcantara Costa Leite
• Beneficiário: Julia Helena da Cruz de Paula
• Instituição Sede: Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil
• Vinculado ao auxílio: 19/08491-0 - Material particulado atmosférico e contaminação ambiental. Avaliação do impacto na biota aquática em uma abordagem ecofisiotoxicológica integrada, AP.TEM
• Assunto(s): Ecotoxicologia Histopatologia Metais Nanopartículas Peixes
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: ecotoxicologia | Histopatologia | Metais | Nanopartículas | Peixes | SePM | Histopatologia

Resumo

A atividade metalúrgica gera um impacto significativo por emissão de material particulado na atmosfera (PM) e este problema está presente em diversas partes do mundo. No Brasil, a região do complexo siderúrgico de Tubarão em Vitoria-ES sofre impacto relevante de tais emissões e assim, este é um sítio importante para o estudo de seus efeitos. A composição do PM apresenta um gama variável de metais que podem decantar (SePM) e gerar contaminação cruzada ar-água em ecossistemas aquáticos. Tal padrão não é observado no arcabouço legal em diversos locais do mundo (Brasil, Canadá, União Europeia). Contudo, estudos recentes indicam que o SePM pode comprometer a qualidade da água e impactar diretamente a biota. Recentemente, foi demonstrado que o SePM, em concentração ambientalmente relevante, causa efeitos subletais em peixes, o que gera diversos efeitos danosos em funções de relevância ecológica (metabolismo oxidativo, manejo de ROS, resistência a hipóxia, imunidade inata, estresse, outros). Um outro fator complicador da contaminação ocorrida em Vitória remete a sua localização, uma região de estuário, local com grandes oscilações naturais de parâmetros físicos e químicos que podem alterar tanto o metabolismo dos animais, quanto a biodisponibilidade dos metais do SePM, e assim seus efeitos. Neste projeto, iremos avaliar o impacto da temperatura sobre a contaminação por SePM em peixes. Faremos uma avaliação qualitativa e quantitativa da presença de danos histopatológicos em órgãos de relevância (órgãos envolvidos na entrada dos contaminantes e no seu processamento - brânquias, intestino, fígado e rins) em uma espécie de referência para este estudo, a tilápia do Nilo, O. niloticus. Testaremos a hipótese de que o aumento de temperatura eleva a biodisponibilidade dos metais do SePM de forma que, temperaturas mais elevadas aumentarão a incidência e gravidade dos danos. Os peixes serão expostos individualmente à concentrações ecologicamente relevantes (1g do SePM bruto / L) de SePM (96h) sob temperaturas (ecologicamente relevantes) de 15, 20 e 30 °C (grupos controle e contaminado em cada temperatura). Este projeto se apoia em uma abordagem morfofisiológica para aferir a magnitude de um problema ambiental prático e imediato. Tal estudo levantará informações pertinentes para a discussão dos efeitos do SePM e comporá a base de conhecimento para contribuir para políticas públicas voltadas à avaliação de risco, projeção de danos e conservação da área.