Taxonomia integrativa aplicada à descoberta em larga escala e à compreensão de padrões da biodiversidade de insetos na Floresta Amazônica

• Processo: 24/03810-8
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de maio de 2024
• Data de Término da vigência: 30 de abril de 2026
• Área de conhecimento: Ciências Biológicas - Zoologia - Taxonomia dos Grupos Recentes
• Pesquisador responsável: Dalton de Souza Amorim
• Beneficiário: Daniel Dias Dornelas do Carmo
• Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil
• Vinculado ao auxílio: 21/14092-0 - Biodiversidade de insetos em uma floresta tropical amazônica: riqueza de espécies, estrutura vertical e turnover faunístico, AP.BTA.TEM
• Assunto(s): Sistemática Insetos Sequenciamento de nova geração Amazônia
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: barcode | Floresta amazônica | insetos | sequenciamento de nova geração | Sistemática de hexapoda

Resumo

Esta proposta insere-se no Projeto Temático: "Biodiversidade de insetos em uma floresta tropical amazônica Riqueza de espécies, estrutura vertical e turnover faunístico" (Proc. FAPESP 2021/14.092-0), que visa responder perguntas complexas sobre composição e estrutura espacial da biodiversidade de insetos em uma floresta tropical amazônica: (1) qual é a dimensão, em número de espécies, da fauna de Hexapoda em uma localidade de floresta tropical; (2) quais são os padrões de distribuição vertical de riqueza de espécies e abundância em diferentes ordens de insetos em uma floresta tropical; (3) qual é a porcentagem de espécies de insetos que não são coletadas à altura do solo em uma floresta tropical; (4) qual é a composição dos grupos taxonômicos de insetos na copa; (5) quais são as guildas e como se organizam verticalmente as diferentes ordens de Hexapoda; (6) quais são os padrões de sazonalidade de diferentes grupos de Hexapoda; (7) qual é o viés das armadilhas Malaise no dimensionamento da diversidade real de espécies de insetos em uma área de coleta; (8) quais são os padrões de migração vertical da fauna de insetos ao longo do dia em diferentes grupos de insetos; (9) qual é o turnover de fauna em diferentes grupos de insetos entre interflúvios na Amazônia; (10) como foi a evolução da fauna de insetos ao longo do Cretáceo Superior e do Cenozoico Inferior à medida que as próprias copas de florestas de angiospermas surgiram. Para responder a essas perguntas será utilizado sequenciamento em larga de nova geração do tipo amplicon sequencing, amplificando muitas cópias do Citocromo Oxidade I de 320 mil espécimes de insetos. O COI tem sido largamente utilizado para DNA barcoding em diferentes grupos animais e se mostrou bem-sucedido na delimitação de clusters e para a identificação de diversos grupos. O bolsista de pós-doutoramento, que tem dois períodos de treinamento no Museum für Naturkunde: (1) coordenará e supervisionará a equipe trabalhando pipeline de sequenciamento do projeto de todos os grupos de Hexapoda; (2) atuar na solução de problemas ("troubleshooting") na pipeline de extração e sequenciamento; (3) avaliará a efetividade do COI na taxonomia dos diversos grupos estudados; (4) utilizando ferramentas bioinformáticas, fará a delimitação de clusters de sequências (que funcionam como hipóteses iniciais de delimitação de espécies). Os exemplares dos mesmos clusters são reunidos e enviados para coordenadores de cada ordem de Hexapoda, que separa o material de cada família na ordem e envia para os especialistas. O bolsista também deverá atuar no estudo particular dos clusters dos seus grupos de especialidade, no treinamento de equipes de laboratórios de diferentes regiões do país nas técnicas empregadas durante a vigência do projeto, participar da orientação de alunos e na preparação dos manuscritos centrais do projeto. Esse projeto é o primeiro a utilizar dados moleculares para descoberta e inventariamento em larga escala de artrópodes no dossel da floresta amazônica, em conjunto com as técnicas utilizas, consideradas o que há de mais moderno hoje em estudos de biodiversidade, tem o potencial de revolucionar os estudos nessa área no país. O engajamento de um jovem pesquisador nesse projeto é de fundamental importância para a continuidade das linhas de pesquisa contempladas e na formação da nova geração de taxonomistas. (AU)