Anticorpos monoclonais anti-serina proteases do veneno de B. Jararaca: geração de hibridomas

• Processo: 24/02898-9
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado
• Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2024
• Data de Término da vigência: 31 de julho de 2026
• Área de conhecimento: Ciências da Saúde - Saúde Coletiva - Saúde Pública
• Pesquisador responsável: Sonia Aparecida de Andrade Chudzinski
• Beneficiário: Aline Priscila Ferreira Soares
• Instituição Sede: Instituto Butantan. Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Anticorpos monoclonais Biotecnologia
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: anticorpos monoclonais | Hibridoma | Ofidismo | Biotecnologia

Resumo

Considerada pela Organização Mundial da Saúde como doença tropical negligenciada de categoria A, o ofidismo atinge cerca de cinco milhões de pessoas, causa cerca de cem mil mortes anualmente, e aproximadamente quatrocentas mil amputações e outras sequelas. No Brasil, cerca de 90% dos acidentes são causados por serpentes do gênero Bothrops; seu veneno é uma mistura altamente complexa de proteínas, peptídeos e outros fatores que ao interatuar com as proteínas humanas desencadeiam diversos efeitos. As metaloproteases, serina proteases e fosfolipases A2, estão entre as toxinas mais abundantes no veneno botrópico. O tratamento para o envenenamento é a administração do antiveneno botrópico, produzido em cavalos pela administração de doses subletais deuma mistura de venenos. Apesar de altamente eficaz no tratamento dos efeitos sistêmicos e evitar a letalidade, o antiveneno botrópico apresenta algumas limitações, como o tratamento dos efeitos locais, a formação de imunocomplexos e neutralização parcial de toxinas pertencentes à classe das serina proteases. Com a evolução da engenharia de anticorpos, a adição de um anticorpo monoclonal neutralizante e específico para as serina proteases do veneno botrópico ao antiveneno comercial, pode ser uma estratégia de melhoria qualitativa e ainda quantitativa para o tratamento do envenenamento por serpentes do gênero Bothrops. Neste contexto, este projeto objetiva a produção do hibridoma, a purificação e a caracterização do anticorpo monoclonal anti-serina de Bothrops jararaca. Além disso, avaliar in vitro de forma comparativa ao antiveneno botrópico comercial, a eficácia neutralizante da solução composta pelo antiveneno botrópico convencional e o anticorpo monoclonal anti-serina de Bothrops jararaca.