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Influência da dieta de microplásticos em laboratório sobre a respirometria, a filtração, a reprodução e a biomassa de cladóceros (Ceriodaphnia silvestrii Daday, 1902) com o efeito potencializador do aumento da temperatura global

Processo: 24/13149-7
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2024
Situação:Interrompido
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Ecologia - Ecologia Aplicada
Pesquisador responsável:Gilmar Perbiche Neves
Beneficiário:Ruan Tiago Jolo
Instituição Sede: Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil
Bolsa(s) vinculada(s):25/01763-5 - Influência da dieta de microplásticos e do aumento da temperatura global sobre a filtração, reprodução e biomassa de cladóceros (Daphnia magna e Ceriodaphnia silvestrii)., BE.EP.IC
Assunto(s):Cladocera   Crustacea   Filtração   Microplásticos   Reprodução   Respirometria   Zooplâncton
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Cladocera | Crustacea | Filtração | Microplásticos | Reprodução | respirometria | Zooplâncton

Resumo

Este projeto tem como objetivo investigar os efeitos dos microplásticos na saúde e no comportamento do zooplâncton, utilizando a espécie de cladócero Ceriodaphnia silvestrii como organismo modelo. A pesquisa será realizada em condições controladas de laboratório e visa avaliar o impacto da ingestão de microplásticos em aspectos críticos como comportamento alimentar, reprodução, crescimento e atividade respiratória, sob diferentes condições térmicas.Os microplásticos, partículas de plástico menores que 5 mm, são classificados como primários, incorporados intencionalmente em produtos cosméticos e de limpeza, e secundários, formados pela degradação de plásticos maiores. Sua presença persistente e disseminada no ambiente aquático tem levantado preocupações devido ao potencial de impactar organismos marinhos e, consequentemente, os ecossistemas. O zooplâncton, essencial para a cadeia alimentar marinha e para o ciclo de nutrientes, pode sofrer efeitos adversos pela ingestão de microplásticos, como redução na taxa de alimentação, crescimento e fecundidade. Estudos laboratoriais indicam que a exposição prolongada a microplásticos pode afetar negativamente o metabolismo energético dos organismos, além de causar efeitos na saúde reprodutiva e no desenvolvimento.Este estudo será conduzido com C. silvestrii, alimentados com a microalga Raphidocelis subcapitata e expostos a esferas de poliestireno de 6,0 ¼m, em concentrações médias de 1x10^5 esferas/L. Os experimentos serão realizados em duas temperaturas, 25°C e 29°C, para simular condições de aquecimento global. Serão analisados os seguintes parâmetros: taxa de respiração (taxa metabólica), taxa de filtração (comportamento alimentar), reprodução (número de neonatos) e crescimento (biomassa).A metodologia inclui a coleta e cultivo dos organismos, aclimatação em béqueres com controle de temperatura, e a adição de microplásticos às dietas dos indivíduos. Os organismos serão triados e cultivados até a terceira geração para garantir a consistência dos resultados. A taxa de respiração será medida por respirometria, enquanto a taxa de filtração será obtida por citometria de fluxo. As análises de biomassa serão realizadas utilizando a equação de Bottrell et al. (1976) para estimar o peso seco dos indivíduos. Para garantir a precisão dos resultados, serão realizadas réplicas dos experimentos e uma análise estatística rigorosa será conduzida.Os dados serão analisados usando o software R, com testes ANOVA e teste t para comparar as taxas de respiração e reprodução entre os grupos expostos e controle. Também será realizada uma análise de correlação para relacionar a quantidade de microplásticos ingeridos com os parâmetros fisiológicos e reprodutivos. Este estudo contribuirá para a compreensão dos impactos dos microplásticos nos ecossistemas aquáticos e fornecerá subsídios para a conservação e gestão ambiental.Além disso, o estudo visa avaliar como as mudanças climáticas podem exacerbar os efeitos dos microplásticos no zooplâncton. Projeções indicam que as temperaturas dos oceanos continuarão a subir nas próximas décadas, o que pode amplificar os efeitos negativos dos microplásticos. Analisar os efeitos a 25°C e 29°C permitirá uma compreensão mais detalhada de como o aquecimento global pode influenciar a toxicidade dos microplásticos.Espera-se que os resultados deste projeto revelem padrões importantes sobre a interação entre microplásticos e zooplâncton, particularmente no contexto de um clima em mudança. Os resultados serão apresentados em eventos científicos nacionais e internacionais e submetidos para publicação em revistas especializadas, contribuindo para o avanço do conhecimento científico sobre poluição plástica e mudanças climáticas.

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