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As várias faces de Amor: a figura do deus Cupido nos Remedia Amoris de Ovídio

Processo: 24/20495-9
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de fevereiro de 2025
Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2025
Área de conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Letras - Línguas Clássicas
Pesquisador responsável:Isabella Tardin Cardoso
Beneficiário:José Carlos Vicentini Moura
Instituição Sede: Instituto de Estudos da Linguagem (IEL). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Assunto(s):Elegia   Intertextualidade   Ovídio   Religiões
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Cupido | Elegia | Intertextualidade | Ovídio | religião | Remedia Amoris | Elegia erótica romana

Resumo

Este projeto tem como objetivo investigar a complexa e multifacetada figura do deus Amor no poema Remedia Amoris de Ovídio (43 a.C - 18 d.C). Os Remedia constituem a última produção da primeira fase da obra ovidiana, toda ela centrada no tema do amor erótico, que é tratado a partir dos cânones da poesia elegíaca romana e helenista. Na Ars Amatoria, poema que ocupa o centro cronológico da primeira fase, o poeta funde o gênero elegíaco ao didático, e apresenta aos seus leitores um manual de como amar. Passados alguns anos, no entanto, já em 1 d.C., Ovídio publica os Remedia, que, aparentemente indo na contramão da Ars, pretende agora ensinar aos leitores como curar-se de um amor nocivo. Como não poderia deixar de ser, a figura do deus Cupido ou Amor se faz presente em toda a produção da primeira fase do poeta; mas, particularmente nos Remedia, como o poeta pretenda ministrar os "remédios" para um amor, a imagem da divindade ganha contornos nitidamente negativos. Assim, surgem algumas questões a respeito da interpretação dessa obra: estaria Ovídio renegando todo o seu passado elegíaco com os Remedia? Se não, estaria ele então enganando os seus leitores, prometendo algo que não poderia cumprir? Partindo da hipótese de que Ovídio não está nem renegando sua obra precedente, nem iludindo os seus leitores nesse sentido, pretendo investigar, propondo como ponto chave para a compreensão dos Remedia, a figura do deus Cupido em suas várias aparições no poema. Para tanto, adotando metodologia intertextual, serão analisados os epítetos e adjetivos que a divindade recebe, considerando-os do ponto de vista da filologia e da tradição literária antiga, a fim de apreciar seus possíveis efeitos de sentido junto ao leitor ovidiano, à luz dos estudos fundamentais e mais recentes sobre os temas e obra.

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