Campo e grupos artísticos na São Paulo dos anos 1980

• Processo: 24/04189-5
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado
• Data de Início da vigência: 01 de julho de 2025
• Situação: Interrompido
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Sociologia - Outras Sociologias Específicas
• Pesquisador responsável: Luiz Carlos Jackson
• Beneficiário: Gabriel Cardoso Gonzaga
• Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Bolsa(s) vinculada(s): 25/14062-5 - Inserções institucionais no campo artístico brasileiro: uma análise a partir do ArtFacts, BE.EP.MS
• Assunto(s): Arte contemporânea Artes visuais Sociologia da arte Sociologia da cultura
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Arte contemporânea | artes visuais | campo artístico | Grupos Culturais | Sociologia da Arte | Sociologia da Cultura | Sociologia da Cultura

Resumo

A partir da reconstituição das trajetórias de dois grupos de artistas que iniciaram suas carreiras em São Paulo no início dos anos 1980, esta pesquisa de mestrado visa compreender tanto a conformação social dos mesmos, quanto o estado do campo artístico paulista da década de 1980, no quadro mais geral da redemocratização do país. Espera-se, pela investigação das trajetórias individuais e coletivas dos artistas do grupo da "Casa 7" - formado por Carlito Carvalhosa (1961 - 2021), Fábio Miguez (1962), Nuno Ramos (1960), Paulo Monteiro (1961) e Rodrigo Andrade (1962), cinco artistas homens paulistanos - e do grupo da FAAP - composto por duas artistas mulheres, Ana Maria Tavares (1958) e Leda Catunda (1961), e três homens, Ciro Cozzolino (1959), Sergio Romagnolo (1957) e Sergio Niculitcheff (1960) -, entre os anos de 1980 e 1990, compreender os posicionamentos desses grupos no interior das transformações em curso no espaço artístico na década de 1980. Segundo a principal hipótese de pesquisa, a atuação coletiva teria possibilitado a projeção precoce de ambos os grupos, estribada, também, nas alianças estabelecidas com mediadores como críticos, curadores e, especialmente, com galeristas. A literatura sugere que, no início dessas trajetórias artísticas, consolidaram-se galerias de arte contemporânea no país, reforçando a emergência de uma estrutura do campo artístico em que o mercado de arte se torna cada vez mais central. Como, a despeito do expressivo desenvolvimento da sociologia da arte brasileira, ainda há, relativamente, poucos estudos que analisam que as artes visuais contemporâneas no interior dessa disciplina a partir da teoria dos campos de Pierre Bourdieu, com o desenvolvimento desta pesquisa, espero que seja possível contribuir para a compreensão das dinâmicas sociais de produção da arte contemporânea do nosso país durante a década de 1980 pelo exame de um conjunto delimitado de trajetórias artísticas.