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Anemia e Exposição a Metais Tóxicos na Amazônia: Identificação de mecanismos e biomarcadores utilizando ferramentas ômicas

Processo: 25/09756-8
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2025
Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2028
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Farmácia - Análise Toxicológica
Pesquisador responsável:Fernando Barbosa Júnior
Beneficiário:Flora Troina Maraslis
Instituição Sede: Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:18/24069-3 - Do biomonitoramento ao reconhecimento de assinaturas do exposoma humano visando antecipar riscos para uma saúde contínua, AP.TEM
Assunto(s):Metabólitos   Polimorfismo de um único nucleotídeo   Toxicologia ambiental
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:alterações hematológicas | metabólitos | SNPs | transcritos | Toxicologia Ambiental

Resumo

Os hábitos alimentares e o modo de vida das comunidades ribeirinhas da Amazônia podem representar riscos importantes à saúde individual. Um exemplo é o elevado consumo de peixes - principal fonte de proteína animal dessas populações - que resulta em exposição crônica a concentrações elevadas de mercúrio (Hg). Além disso, a presença de chumbo (Pb) foi identificada na farinha de mandioca, alimento amplamente consumido e tradicionalmente preparado de forma artesanal.Ambos os metais apresentam elevada afinidade por grupamentos tiol, o que pode comprometer a atividade de proteínas sensíveis ao estado redox, induzindo estresse oxidativo. Entre as enzimas vulneráveis a essa interação estão aquelas envolvidas na via de biossíntese do grupo heme, como a ácido delta-aminolevulínico desidratase (ALAD), que contém resíduos de cisteína em sua estrutura. A inibição da ALAD por Pb e Hg pode agravar quadros de anemia, especialmente quando associados a outros fatores predisponentes.O estudo de polimorfismos genéticos permite avaliar a suscetibilidade individual à toxicidade por metais, enquanto o uso integrado de tecnologias ômicas - como transcriptômica e metabolômica - possibilita a caracterização aprofundada das vias metabólicas envolvidas, contribuindo para o entendimento dos mecanismos moleculares da doença e o aprimoramento da saúde.Nesse contexto, o presente estudo tem como objetivo investigar a associação entre a exposição a Hg e Pb e a ocorrência de anemia, por meio da análise integrada de dados genômicos (polimorfismos), transcriptômicos e metabolômicos. Participarão da pesquisa 400 indivíduos residentes em comunidades ribeirinhas da Amazônia, que responderão a questionários sobre saúde e hábitos alimentares, além de fornecerem medidas antropométricas e amostras biológicas (sangue e urina).A concentração de hemoglobina será determinada por espectrofotometria, enquanto os níveis de Pb, Hg, selênio (Se) e ferro (Fe) serão quantificados por espectrometria de massas com plasma indutivamente acoplado (ICP-MS). A genotipagem será realizada por reação em cadeia da polimerase em tempo real (qPCR) utilizando a metodologia TaqMan. A análise do transcriptoma será conduzida com o uso do GeneChip array, e o metaboloma será avaliado por espectrometria de massas e ressonância magnética nuclear (RMN).Os dados obtidos serão inicialmente analisados por estatística descritiva e, posteriormente, submetidos a análises multivariadas. Softwares especializados serão utilizados para a integração dos dados ômicos, com o objetivo de identificar vias metabólicas relevantes, potenciais biomarcadores e fatores genéticos associados à suscetibilidade e ao risco aumentado para anemia relacionada à exposição aos metais tóxicos Hg e Pb. (AU)

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