Tensões entre design e artesanato no ensino têxtil do Sesc Pompeia entre 1976 e 1999

• Processo: 25/09031-3
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2025
• Data de Término da vigência: 31 de março de 2029
• Área de conhecimento: Ciências Sociais Aplicadas - Desenho Industrial - Desenho de Produto
• Pesquisador responsável: Lara Leite Barbosa
• Beneficiário: João Victor Brito dos Santos Carvalho
• Instituição Sede: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): História do design
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Artefatos têxteis | Design e artesanato | Ensino têxtil | História do Design | Sesc Pompeia | História do Design

Resumo

Esta pesquisa tem como objetivo uma investigação das tensões entre design e artesanato nas oficinas têxteis do Sesc Pompeia. Parte-se da noção de que o campo têxtil, bem como as trajetórias, os artefatos e os espaços de profissionalização e de trabalho que o constroem, são elementos caros a uma história não hegemônica do campo do design e de sua institucionalização no Brasil. Num primeiro momento, o projeto se propõe a realizar uma investigação historiográfica acerca dessas oficinas e das trajetórias de alguns agentes importantes em seu funcionamento - todos artistas e/ou designers têxteis - desde pelo menos 1976, na medida em que tais trajetórias se entrelaçam ao espaço estudado, sendo eles: Glaucia Amaral, Juan Ojea, Ana Cordeiro, Tiyoko Tomikawa, Henrique Schucman e Marina Lafer. Também se discute a figura emblemática de Lina Bo Bardi e seu papel específico nas questões do design e do têxtil nesse contexto. Entendendo a importância de espaços expositivos na profissionalização de designers e artistas têxteis no Brasil, é também previsto um mapeamento das exposições do Sesc Pompéia em que figuram artefatos têxteis, a exemplo das exposições "O Design no Brasil: História e Realidade", de 1982, e "Entre Tintas e Tramas", de 1988. A partir disso, busca-se compreender o papel do design nas práticas têxteis desenvolvidas nessas oficinas e em torno dos artefatos ali produzidos - algo que se apresenta, por exemplo, no uso que a instituição faz do termo "design", o relacionando às atividades têxteis ao longo da década de 1980 -, e de que forma esse contexto tensiona noções de design e artesanato. Por fim, sublinham-se as articulações dos atores mencionados com outros dois espaços de profissionalização e trabalho relevantes para a institucionalização do design no Brasil, o Museu de Arte de São Paulo e o Museu de Arte Moderna de São Paulo, sendo previstos levantamentos que elucidem essas relações. (AU)