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Teorias psicodinâmicas sobre a memória em Freud, na psicologia e na neurociência cognitiva: do engrama à potenciação de longa duração

Processo: 09/54555-8
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de junho de 2010
Data de Término da vigência: 04 de setembro de 2012
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Filosofia - Epistemologia
Pesquisador responsável:Richard Theisen Simanke
Beneficiário:Josiane Cristina Bocchi
Instituição Sede: Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil
Assunto(s):Memória (psicologia)   Metapsicologia   Psicanálise
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Ciencias Cognitivas | Epistemologia | Freud | Memoria | Metapsicologia | Psicanalise

Resumo

É possível esquematizar duas linhas de pensamento sobre a natureza da memória. Desde Aristóteles, o símile da impressão do selo sobre a cera explica a memória a partir da idéia de "traços cerebrais" ou do "engrama". A recordação seria uma cópia esmaecida da experiência passada, pressupondo uma semelhança entre a percepção e o objeto, logo uma concepção desta como reprodução da realidade. Pode-se também estabelecer, desde Descartes, outra concepção sobre a memória, próxima à idéia do não-isomorfismo entre percepção e realidade. Aqui, a relação entre a imagem mnêmica e o estímulo não é direta. Uma idéia semelhante da memória como fenômeno dinâmico, relacionada ao seu uso, encontra-se em James e outros psicólogos, como Pavlov e Donald Hebb. Eis aí uma segunda tradição da memória (como "organização" dinâmica), que de uma formulação teórico-especulativa tem caminhado para um suporte científico, quando estudos neuropsicológicos, nas décadas de 50 e 60, apontaram a memória como um fenômeno estrutural e informacional complexo, de natureza consciente e inconsciente. Freud situa-se entre as teorias dinâmicas sobre a memória, porém, não raro, é lido junto à concepção empirista do engrama. Este projeto pretende discutir os pressupostos psicológicos e filosóficos da memória como "engrama" e como "organização", para demonstrar como a concepção da memória em Freud pertence, genuinamente, à tradição psicodinâmica. Pode-se, por fim, elucidar como alguns dos atuais modelos neurocientíficos sobre a memória inovam pelo suporte empírico, mas não no sentido conceitual propriamente. (AU)

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