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Um gradiente de africacao em oclusivas alveolares no dialeto de jundiai-sp.

Processo: 07/00195-5
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de abril de 2007
Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2007
Área de conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Linguística - Teoria e Análise Lingüística
Pesquisador responsável:Eleonora Cavalcante Albano
Beneficiário:Denise Pozzani de Freitas Barbosa
Instituição Sede: Instituto de Estudos da Linguagem (IEL). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Assunto(s):Fonética e fonologia
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Africadas | Fonologia Articulatoria | Processos Gradientes | Fonética e Fonologia

Resumo

O presente projeto de pesquisa tem como objetivo realizar alguns estudos de caso detalhados, a fim de descrever e analisar as consoantes africadas do dialeto do português brasileiro falado em Jundiaí-SP, procurando caracterizar a africação como um processo gradiente de relevância sociofonética. Tentaremos determinar seus contextos de produção favorecedores e como a evocação e implementação dos gestos articulatórios se dão a partir de requisitos que extrapolam as configurações fonéticas habitualmente usadas pelo falante, através de estratégias de reestruturação parcialmente controladas. Em estudo de caso preliminar, uma informante apresentou um ruído leve na produção de /t/ e /d/ diante da vogal /i/, em decorrência da interação com falantes que produziam africadas plenas. Detectamos diferentes durações para o ruído produzido na africação e alterações fonético-acústicas sem significância estatística, devido, provavelmente, ao tamanho da amostra. Levando em conta o estudo preliminar, pretendemos descrever a africação, na fala de três sujeitos, como exemplo de processo gradiente de alofonia, utilizando medidas da forma de onda - de duração, da quantidade relativa de energia - e medidas espectrais - incluindo os quatro primeiros momentos. Os questionamentos surgiram da necessidade de explicar o fenômeno em todas as suas nuances, incluindo em sua descrição distinções mínimas, mas de importância lingüística. Os gradientes fônicos mostraram ser uma forte evidência para a possibilidade de se adotar uma teoria dinâmica do som da fala. O estudo adotará a perspectiva teórica da Fonologia Articulatória, que busca relativizar a caracterização da fala como tradução de uma seqüência de símbolos estáticos em um processo dinâmico. O uso e o papel criativo da repetição também parecem afetar a construção de categorias, em situações em que um falante, influenciado pelo uso em tempo real, lança mão de tentativas de reestruturar o sistema fonológico; as variações que introduzem na fala são indícios de mudanças lentas em progresso.

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