A noção de trauma na obra de Sándor Ferenczi

• Processo: 09/11715-5
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2009
• Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2010
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Psicologia - Tratamento e Prevenção Psicológica
• Pesquisador responsável: Daniel Kupermann
• Beneficiário: Alan Osmo
• Instituição Sede: Instituto de Psicologia (IP). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Clínica psicanalítica Metapsicologia Trauma emocional Subjetividade
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Clínica Psicanalítica | Metapsicologia | Sándor Ferenczi | trauma | Clínica Psicanalítica

Resumo

A obra de Sándor Ferenczi é muito original no interior da psicanálise, devido, sobretudo, a suas inovações técnicas e seus questionamentos ao lugar ocupado pelo analista. Estas inovações se iniciam no período da "técnica ativa". Seu objetivo seria provocar estados de tensão na psique do paciente, com o fim de superar fortes resistências que atrapalham o andamento da análise. Ferenczi, entretanto, vai passar a questionar sua própria técnica. Ela provocaria uma dissimetria na relação analista - paciente, podendo, inclusive, provocar reações traumáticas a esse último. A partir daí, o autor conceberá o processo analítico como neocatártico. O paciente reviveria ali acontecimentos passados em sua infância. Com isso, Ferenczi revalorizará a noção de trauma, a qual vai conceber como sendo conseqüência de uma "confusão de línguas". O estudo da obra de Ferenczi e de sua noção de trauma pode ser muito relevante para a clínica contemporânea, já que é possível aproximar os "pacientes difíceis" descritos por ele, às subjetividades traumatizadas presentes na sociedade atual. A pesquisa será bibliográfica, e se focará na noção de trauma, presente na obra do autor. Ela terá como objetivo compreender como o trauma passa a ser valorizado em seu percurso teórico, e de como é resgatado a partir do período catártico de Freud.