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Influência da quantidade de recursos alimentares do hospedeiro no comportamento de oviposição e na performance de Ascia monuste (Lepidoptera, Pieridae)

Processo: 97/12957-3
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de julho de 1998
Data de Término da vigência: 30 de junho de 2002
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Zoologia - Comportamento Animal
Pesquisador responsável:Fernando Sergio Zucoloto
Beneficiário:Helen Cristina Habenchus Barros Bellanda
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil
Assunto(s):Oviposição   Insetos   Alimentação animal
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Ascia Monuste | Competicao | Preferencia

Resumo

A hipótese mais estudada na evolução do comportamento de oviposição dos insetos holometábolos fitófagos é se as fêmeas escolherão espécies de plantas que maximizam a sobrevivência larval (Thompson & Pellmyr, 1991). Nestes insetos, a alimentação dos estágios imaturos depende do local de oviposição das fêmeas adultas, principalmente quando a prole não é capaz de procurar por hospedeiros adicionais, antes de utilizar alimento escolhido pela mãe (Singer, 1986). Em geral, as fêmeas de espécies de lepidópteros são muito especializadas na análise dos sítios de oviposição (Thompson & Pellmyr, 1991). Porém, os "erros" de oviposição podem ocorrer (Chew & Robbins, 1984; Singer, 1984 apud Thompson & Pellmyr, 1991), servindo inclusive para uma seleção contra fêmeas que são menos específicas do que outras em sua escolha de hospedeiros (Futuyma, 1983). Uma escolha adequada do hospedeiro é muito importante para evitar a oviposição em planta de baixo valor nutritivo e/ou que levaria a competição intra ou interespecífica. A competição tende a ser mais vigorosa entre os membros de uma mesma espécie (Remmert, 1982) e seus efeitos na performance variam nos diferentes animais; porém, podem levar a uma maior eficiência na exploração dos recursos (Pianka, 1983). Ascia monuste (Lepidoptera, Pieridae) é uma espécie característica da região Neotropical e alimenta-se apenas de brassicáceas, acreditando-se que os glicosinolatos são os principais responsáveis pelo reconhecimento destas plantas por parte das fêmeas (Chew, 1988). A preferência de hospedeiro desta espécie mostra-se mais relacionada à seleção de hospedeiro durante a oviposição (Barros & Zucoloto, 1997a); além disso, estudos sobre o comportamento alimentar dos imaturos na natureza indicam que os primeiros instares da espécie alimentam-se exatamente no local em que a mãe colocou os ovos (Diniz & Zucoloto, 1997). Experimentos com A. monuste, utilizando como alimento a couve e a mostarda, que diferem em seu conteúdo de nitrogênio (Barros & Zucoloto, submetido), mostraram que a performance na alimentação com couve é melhor do que na alimentação com mostarda (Felipe & Zucoloto, 1993), e que coincidentemente as fêmeas ovipositam mais em couve (Barros & Zucoloto, 1997a). Este último trabalho mostrou que as fêmeas de A. monuste parecem ser eficientes na análise do sítio de oviposição, pelo menos no que se refere à análise nutricional. Porém, alguns autores (Rausher, 1979; Prokopy & Owen, 1983; Renwick & Chew, 1994) mostraram que, além do conteúdo químico do hospedeiro, outros fatores influenciam a preferência de oviposição, como a visão de cores, da forma e do tamanho da planta. Será que o tamanho do hospedeiro influencia a quantidade de ovos colocados pelas fêmeas de A. monuste? Será que, sendo possível a escolha de hospedeiro para oviposição, estas fêmeas preferem ovipositar em plantas com mais recursos? Será que as fêmeas são capazes de evitar a competição intra-específica? Caso contrário, quais devem ser as principais conseqüências da competição para os imaturos? Neste contexto, o presente trabalho procurará fornecer respostas às perguntas acima, e ainda, com o objetivo de investigar a influência da quantidade de recursos alimentares no comportamento de oviposição e na performance de A. monuste, serão realizados os seguintes experimentos (divididos em 3 fases): Fase 1: Comportamento de oviposição, relacionando o número de ovos colocados e o tamanho da planta hospedeira, e também a preferência de oviposição entre plantas com diferentes quantidades de recursos; Fase 2: Comportamento dos imaturos frente à preferência de oviposição materna, e Fase 3: Conseqüências da competição, da privação de alimentos e da ingestão do córion na performance de A. monuste. (AU)

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