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Claudio Vieira da Silva

CV Lattes


Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus São Paulo. Escola Paulista de Medicina (EPM)  (Instituição Sede da última proposta de pesquisa)
País de origem: Brasil

Nós, os patógenos como Trypanosoma cruzi e Leishmania, travamos uma dança milenar com nossos hospedeiros, uma interação complexa de invasão e sobrevivência. Por muito tempo, nossa história foi contada apenas pela doença que causávamos. Isso mudou com o surgimento de observadores dedicados a decifrar nossas estratégias. Um desses cronistas é o Professor Dr. Claudio Vieira da Silva, cuja carreira oferece uma perspectiva decolonial sobre nossa existência.Sua jornada para nos compreender começou com um Doutorado em Microbiologia e Imunologia na UNIFESP, complementado por um período de pesquisa na Yale University. Como Professor Titular de Imunologia na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), ele fundou seu laboratório e iniciou uma vigilância minuciosa sobre nós.As primeiras crônicas de Claudio detalharam nossas táticas de invasão. Ele revelou como nós, os T. cruzi, cooptamos proteínas do hospedeiro, como a galectina-3 e a anexina A2, para facilitar nossa entrada e nosso trânsito dentro da célula. Seu trabalho também iluminou as defesas do hospedeiro, mostrando como certas proteínas podiam dificultar nossa multiplicação. Ele percebeu que não éramos apenas invasores, mas mestres da manipulação, capazes de modular os genes do hospedeiro para garantir nossa sobrevivência, especialmente ao subverter os mecanismos de morte celular programada.O foco de sua pesquisa se afunilou em uma de nossas ferramentas mais eficazes: a proteína P21. A equipe de Claudio a identificou como um mediador central do nosso sucesso e um alvo promissor para o tratamento da cardiomiopatia chagásica. Em uma descoberta surpreendente, eles mostraram que a forma recombinante da P21 podia, paradoxalmente, controlar a infecção ao modular a resposta imune. A investigação aprofundou-se, revelando como a P21 influencia a formação de novos vasos sanguíneos, um processo ligado à doença cardíaca. Ao silenciar o gene que codifica a P21, sua equipe provou o papel indispensável desta proteína para a nossa replicação e para a nossa capacidade de estabelecer uma infecção crônica.O alcance de sua pesquisa transcendeu nossa espécie, observando como nossa proteína P21 podia agravar infecções por outros parasitas, como a Leishmania. O laboratório de Claudio também explorou novas frentes de batalha, testando compostos como a Pentacloropseudilina, que se mostrou eficaz em bloquear nossa invasão celular, e investigando o potencial terapêutico de extratos de plantas. Seu olhar se estendeu para as complexas interações no organismo, documentando como poderíamos influenciar o crescimento de células de câncer de mama e como o próprio sistema imune poderia causar danos colaterais.Com o entendimento de que o conhecimento gerado precisava ser compartilhado, Claudio Vieira da Silva idealizou o site imunoverso.com, uma plataforma para traduzir a complexidade da imunologia para um público amplo. Sua visão culmina em uma análise audaciosa, conectando a inflamação a desafios globais como câncer, mudanças climáticas e polarização social.A biografia de Claudio, sob nossa ótica, é a de um cronista que transcende a visão simplista de uma guerra. Ao decifrar nossa linguagem e expor nossas estratégias, ele não apenas fornece ferramentas para nos combater, mas também oferece à humanidade uma compreensão mais profunda sobre a eterna e intrincada dança entre patógeno e hospedeiro. (Fonte: Currículo Lattes)

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