Célia Maria Araújo Galvão

Engenheira Química formada pela UFRN, tenho Pós-Doutorado (UFSCar) na área de Fermentação Alcoólica, realizado em parceria com uma empresa privada, onde foi desenvolvido e patenteado um processo que otimizava a obtenção de etanol por Saccharomyces cerevisiae através de sua imobilização em amianto crisotila em biorreator pneumático de circulação interna (Airlift). Meu Doutorado foi realizado em formato sanduíche, em parceria com o grupo de pesquisa do Dr. José Manuel Guisán, no Consejo Superior de Investigaciones Científicas (CSIC) Madri/Espanha. O Mestrado e o Doutorado foram obtidos pela UFSCar, na área de Tecnologia de Enzimas/Bioprocessos, com foco no Processo de Hidrólise Enzimática de Proteínas. Em ambos os projetos, trabalhei com diversos tipos e classes de enzimas, sistemas reacionais (processos com biocatalisadores livres e também imobilizados em suportes sólidos), modos de operação de biorreatores (contínuo, batelada e batelada alimentada), diferentes processos de downstream (micro e ultrafiltração), desenvolvimento de métodos analíticos (HPLC, eletroforese, etc), bem como com simulação e modelagem matemática de processos enzimáticos. Por mais de 10 anos integrei o quadro de Pesquisadores do Centro de Tecnologia Canavieira - CTC, desempenhando diferentes atividades e funções ao longo deste período, sendo, nos últimos 4 anos, a Pesquisadora Líder do Projeto de Etanol Celulósico (E2G). Os trabalhos de pesquisa tinham como foco central a produção de etanol 2G, embora a tecnologia em desenvolvimento no CTC exigisse um bom conhecimento da tecnologia de primeira geração (1G), já que previa ser um processo totalmente integrado com esta. Assim, o desenvolvimento englobava o manuseio e a caracterização da matéria-prima biomassa, diferentes estratégias de pré-tratamento e tratamento do licor C5 gerado, hidrólise enzimática do licor C6, (co-)fermentação dos licores produzidos utilizando diferentes abordagens e micro-organismos, bem como realização de balanços de massa e energia para máximo reaproveitamento de resíduos/sub-produtos e auto-sustentabilidade energética do processo. Atuei ativamente em todas as etapas dos trabalhos de pesquisa, desde a escala de bancada (Erlenmeyers de 100mL), passando pela bancada aumentada (tanques agitados de 5L), posteriormente pela escala PDU (Process Development Unit), onde a capacidade dos reatores já era de 65L, até escala de demonstração instalada em uma usina, onde 8 toneladas de bagaço por hora eram alimentadas ao reator de pré-tratamento e os tanques apresentavam volumes de 80m3 a 200m3 de capacidade. Durante estes pouco mais de 10 anos foram realizadas inúmeras visitas a parceiros/fornecedores nacionais e internacionais para avaliação/desenvolvimento de enzimas para o processo, para acompanhamento de fabricação de equipamentos para PDU e projeto e implantação da planta de demonstração, realização de testes no Brasil e no exterior com matéria-prima real no site dos parceiros para desenvolvimento e seleção de soluções tecnológicas para o processo. (Fonte: Currículo Lattes)