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Mariana Pedrosa Marcassa

CV Lattes


Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPG)  (Instituição Sede da última proposta de pesquisa)
País de origem: Brasil

Mariana Marcassa atualmente desenvolve seu segundo pós-doutorado na PPGCA-UFF sob supervisão do Dr. Ricardo Basbaum. É pós-doutora pela Concordia University (Montreal) - Dept of Studio Arts at SenseLab, sob a supervisão da Dra. Erin Manning. É doutora em Psicologia Clínica sob a orientação de Suely Rolnik, PUC-SP. Mestre em Psicologia Clínica em mesma instituição e graduada em Artes Visuais pela Universidade Federal de Goiás. O trabalho de Mariana Marcassa, que é presentemente desenvolvido a solo, parte em larga medida de um estudo clínico de limites sensório-motores na produção de estados intensivos e a sua relação tanto com a linguagem como com a história. Uma das fundadoras do coletivo goiâno Grupo EmpreZa, com quem trabalhou durante uma década (2001-2011), participou de vários encontros de coletivos (Rés-do-Chão seria um caso a sublinhar), residências artísticas (com os coletivos chilenos Mapocho e Deformes), tendo também sido selecionada com o Grupo EmpreZa para a edição RUMOS ARTES VISUAIS 2008-2009 ou o 29º Panorama de Arte Brasileira. Decidindo embarcar num trajeto mais a solo teve que ver com a necessidade de incluir as questões da escrita e da literatura ao estudo de limites sensório-motores, que já havia constituído um aspecto chave do trabalho do Grupo EmpreZa. Uma das questões centrais que ela explora presentemente é o papel da VOZ na produção de breakdowns na linguagem e, partindo destas microfissuras afásicas, o Cantar a Voz (na via de Demétrio Stratos) na sua potência sonora de expressão. Esta perspectiva denuncia a complexidade da voz e o aniquilamento de sua capacidade intensiva, uma vez que na contemporaneidade privilegia-se a voz como veículo da fala na sua dimensão comunicacional. Entende o trabalho da voz numa via de contramão e resistência. Dando continuidade à sua pesquisa doutoral Sons de Banzo Mariana tem desenvolvido uma série de experimentações vocais e sonoras. Desconfiando da ideia de que o banzo seja um prolongamento da melancolia ocidental, tal como aparece ao longo de sua formação no Brasil, propõe-se outra abordagem para este afeto na tentativa de diferenciá-lo, oferecendo-lhe um estatuto próprio e singular enquanto enfermidade psicopatológica produzida pela lógica escravocrata e colonial. É, portanto, de um ponto de vista essencialmente clínico que o banzo é explorado artisticamente enquanto um afeto sonoro, que reverbera e atua há mais de cinco séculos através de diferentes tipos de práticas diárias, fazendo ouvir a lógica, que poderíamos chamar, de um ?Brasil profundo?. O afeto banzo e suas sonoridades estão sendo abordados através da relação do banzo com o estado do sem-voz, conduzindo-nos para o encontro com o mundo da música modal e as experimentações vocais de artistas do século XX. Tais relações e encontros nos leva propor a voz como uma linguagem imanente a si mesma (e não subordinada à fala). Em linha com esta imanência, intenciona-se um processo de criação capaz de convocar as partículas do afeto banzo na tentativa de deslocá-lo: apresentá-lo na sua potência afirmativa e criadora. (Fonte: Currículo Lattes)

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