Efeito de diferentes tratamentos com plasma na adesão de Candida albicans em uma resina para base de prótese

Resumo

A Candida albicans apresenta-se como o principal agente etiológico da estomatite protética, doença relativamente comum entre os usuários de prótese. Esse tipo de patologia pode ser tratado, por exemplo, pela higienização e imersão das próteses em solução desinfetantes, antifúngicos tópicos e sistêmicos, e irradiação por microondas. Esses métodos de tratamentos têm como objetivo remover ou inativar os microrganismos após a colonização das próteses. Entretanto, considerando-se que a adesão desses microrganismos na superfície da resina acrílica constitui o pré-requisito para sua colonização e, conseqüentemente, a ocorrência da estomatite protética, o desenvolvimento de métodos que possam minimizar ou prevenir a adesão da Candida albicans sobre a parte interna das próteses poderia trazer avanço significativo na prevenção dessa patologia. A adesão da Candida às superfícies inorgânicas, como os polímeros, tem sido relacionada com fatores como a hidrofobicidade do substrato e as interações eletrostáticas. Diante disso, o objetivo do presente trabalho será avaliar o efeito de diferentes tratamentos com plasmas na aderência de Candida albicans em uma resina para base de prótese. Para isso, os corpos de prova (13,8 mm de diâmetro e 2 mm de espessura) serão divididos em 5 grupos: G1 - grupo controle (sem tratamento); G2 a G4 - grupos que receberão diferentes tratamentos a plasma que resultarão em três diferentes níveis de hidrofilicidade; e G5 - grupo que receberá tratamento a plasma que resultará em uma superfície carregada negativamente. A adesão da Candida albicans sobre a resina para base de prótese será medida através do ensaio XTT e técnica de coloração com Gram modificada. Os resultados obtidos de adesão, por meio dos dois métodos, serão submetidos à análise estatística para posterior interpretação e discussão. (AU)